quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Acusados vão a júri popular hoje

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Mais de cinco anos após o assassinato da adolescente Maria Luíza Fernandes Bezerra, de 15 anos, os acusados do crime, Thiago Felipe Rodrigues Bezerra, o “Thiago Cabeção”, e Kleisson de Souza Freitas da Silva, o “Negão”, irão a júri popular. Marcado para às 8h desta quinta-feira (30), o julgamento acontecerá no Fórum Miguel Seabra,no bairro de Lagoa Nova.
Emanuel AmaralRosilene Bezerra, mãe de Maria Luíza, pede condenação dos réus
Rosilene Bezerra, mãe de Maria Luíza, pede condenação dos réus
De acordo com o processo disponível no site do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN), 42 pessoas serão testemunhas durante o julgamento, incluindo a mãe da vítima, Rosilene Fernandes Bezerra. “Eu estou muito confiante, pois sei que o processo já tem provas suficientes para incriminar cada um dos suspeitos. Tenho certeza de que eles serão condenados. Apesar de achar que parte das testemunhas não irão comparecer”, disse ela

O crime aconteceu em abril de 2009 no bairro Bom Pastor e chocou a população. Em dezembro de 2012, o Ministério Público entregou a denúncia contra os acusados após as investigações em conjunto com a Polícia Civil apontarem Thiago e Kleisson como responsáveis pela morte da estudante. Segundo a denúncia, a dupla sequestrou, estuprou e assassinou a adolescente.

Thiago Felipe Rodrigues Pereira foi denunciado por homicídio, sob as qualificações de motivo torpe, asfixia e em uma emboscada. Além disso, a denúncia prevê o enquadramento dele em sequestro e cárcere privado com fins libidinosos e contra adolescentes, roubo, vilipendiação e ocultação de cadáver, estupro com lesão grave e crime de uso de violência ou grave ameaça para tentar coagir testemunhas. 

Contra Kleisson de Souza Feitas da Silva, as acusações são as mesmas, com exceção da coação de testemunhas. A denúncia também coloca que ambos cometeram os crimes em um igual nível de competência. 

O crime
A estudante Maria Luiza desapareceu na noite do dia 21 de abril de 2009 após sair da casa do namorado no bairro Bom Pastor, zona oeste de Natal. Segundo a polícia, Kleisson e Thiago Felipe abordaram e sequestraram Maria Luíza, entre 19h30 e 20h30, na avenida Mor Gouveia, no bairro do Bom Pastor. Os dois teriam usado um veículo Gol de cor branca. Seu corpo só foi encontrado seis dias depois, em um matagal no Jardim América. 

No laudo realizado pelo Instituto Técnico Científico de Polícia (Itep) foi confirmada que a morte foi causada por estrangulamento, após abuso sexual da vítima. Ainda ficou comprovado o “vilipêndio” do cadáver. Os assassinos introduziram um galho de árvore na vagina da vítima antes de ocultar o corpo.

Segundo as investigações, os acusados assediavam a adolescente, que não correspondia às investidas. Diante das recusas de Maria Luíza, os acusados sequestraram a menina e a levaram para a casa de um deles (Kleisson), no conjunto Jardim América, local onde os abusos sexuais aconteceram, além das agressões e do homicídio. Em seguida, o corpo foi transportado até um lixão, onde foi enterrado após maus tratos.

Júri popular
O Júri Popular é composto por sete pessoas da sociedade civil e têm a incumbência de julgar os réus. A decisão que obtiver o maior número de votos entre os jurados é sentenciada pelo magistrado que presidir o julgamento. 

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