A
igreja foi chamada para ser o sal da terra e a luz do mundo, e isto sugere que
ela deva exercer influência em todos os aspectos, inclusive político, em que
pese reconhecer que essa não é sua missão principal.
Em sua oração sacerdotal Jesus deixou
claro: ¨Não o peço que os tire do mundo¨¨. O meu dever de orar não exclui e nem
é incompatível com o dever de exercer á minha cidadania, protestando, reivindicando,
etc.
Não podemos esquecer de que ,historicamente
a igreja sempre se posicionou contra toda forma de corrupção e injustiças. Homens
como, Martin Luther King,, Martinho Lutero, Calvino, Dom Helder Câmara,
entre
outros, eram homens de profunda oração, mas se levantaram contra este estado de
coisas; A história do Brasil é rica nesses detalhes, desde a época da
libertação dos escravos.
Fiz questão de fazer essa breve
explanação acima, que foram tiradas de um texto do Dr. José Wellington Fagundes
Marins, pastor presidente da Comunidade
Cristã Oásis, para demonstrar que o padre
Flávio Bezerra ,da paróquia de Guamaré, foi muito feliz em fazer o uso
de sua palavra, afinal, ele exerceu o direito á sua cidadania,e,ao mesmo tempo
demonstrou estar alinhado com a postura atual da igreja no Brasil, onde vários
arcebispos e arquidioceses fizeram seu manifesto, apoiando a última greve geral
que aconteceu no país.
Um padre não deve ser apenas um
conquistador de corações para à igreja, ele tem sim o direito de dar suas
opiniões, mas sem nenhum viés político ou partidário.
É comum ver os púlpitos das igrejas tornarem-se
palanques para muitos políticos, que na maioria das vezes buscam apenas fama e
poder. Todavia, seria interessante que, estes políticos absorvessem tudo aquilo
que é pregado na igreja como ensinamento de Deus, mas infelizmente, isto não
acontece.
O
padre Flávio demonstrou coragem e altivez ao opinar sobre aquilo que acontece
neste município , portanto, é merecedor de aplausos, pois quebrou paradigmas,
e, certamente não estaria sendo criticado por muitos, caso tivesse enaltecido à
administração do prefeito Hélio. Querer censurar ou ficar tripudiando em cima
das palavras ditas pelo padre Flávio, é
anti democrático, e que vai de encontro ao que prega a igreja.
A Igreja não é um blog da cidade de
Guamaré, que em muitos casos, tentam maquiar a realidade do município, e, povo
pode ainda estar omisso diante de muitos descasos que acontecem na gestão
pública municipal, mas na medida que vão
surgindo padres e cidadãos que fazem o uso de sua cidadania, a sociedade vai
acordando, e é isto que esta cidade precisa, para que possa sonhar com o
futuro.
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