sábado, 1 de julho de 2017

Prefeitura dá calote em todo mundo, mas não falta dinheiro para festa

 Resultado de imagem para fotos da prefeitura de natalO vereador Sandro Pimentel (PSOL) voltou a disparar, nesta quinta-feira, 29, duras críticas contra a gestão do prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves (PDT). De acordo com o socialista, a situação das finanças municipais é crítica, e a dívida junto às empresas contratadas para
prestarem serviços
diversos chega a R$ 8 milhões.
Na avaliação do vereador, a crise é generalizada. “Esse é o relato dos empresários. A Prefeitura não consegue pagar, dá calote em todo mundo. Dá calote no servidor, quando paga atrasado; dá calote no vereador, ao não cumprir as emendas impositivas; e dá calote indiretamente nos servidores terceirizados quando não paga as empresas”, critica.
O socialista relata que, em uma audiência pública promovida recentemente na Câmara Municipal, representantes de algumas que executaram ou ainda executam serviços para o município contaram que estão com pagamentos pendentes desde 2015. “É a prefeitura da farra do boi”, ironiza.
Ao escancarar o descaso da atual gestão na área das finanças, Sandro chama atenção para os investimentos realizados com eventos. Na opinião dele, um erro na escalação de prioridades de gastos. “Não falta dinheiro para evento. Enquanto Carlos Eduardo estiver aí, já sabemos como vai ser. Taí já pensando em decoração natalina”, lamenta o vereador.
 A Prefeitura de Natal vem enfrentando dificuldades na área econômica. Registrando atrasos salariais desde o ano passado, a gestão de Carlos Eduardo não tem também, segundo apurou a reportagem do Portal Agora RN/Agora Jornal, previsão para depositar a primeira parcela do décimo-terceiro aos colaboradores da gestão. Além disso, há diversas denúncias de irregularidades envolvendo a administração de finanças.
Uma delas envolve a ausência de pagamento, à Caixa Econômica Federal, das parcelas mensais de empréstimos consignados contraídos pelos funcionários públicos junto à instituição financeira. Representantes do banco revelaram à Justiça que o município não tem repassado com regularidade as quantias que são descontadas diretamente na folha dos servidores. A falta de repasses tem motivado a judicialização das dívidas.
Com isso, a vereadora Natália Bonavides (PT) protocolou, na Procuradoria Geral de Justiça, uma queixa-crime acusando a prefeitura de apropriação indébita de dinheiro dos servidores. A denúncia ainda está em fase de tramitação na Justiça.
Outra acusação foi feita pelo próprio Ministério Público do Rio Grande do Norte. A Procuradoria Geral de Justiça denunciou o prefeito no Poder Judiciário por captação indevida de tributos, por antecipar a cobrança do IPTU 2017 ainda em 2016, quando se encerrava a última gestão de Carlos Eduardo.
Além desses casos, em abril, o município retirou cerca de R$ 15,8 milhões do fundo previdenciário dos servidores de Natal, o NatalPrev. Após determinação do Tribunal de Contas do Estado (TCE), contudo, houve a firmação de um acordo para que a verba seja devolvida.

Robson Pires

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