Uma
operação do Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) deflagrada nesta
terça-feira (12) combate a atuação de uma facção criminosa que age dentro de
unidades prisionais do Estado. Contas bancárias de integrantes da organização
criminosa ou de pessoas ligadas a eles foram bloqueadas. Ao todo, pelo que foi
levantado durante a investigação, R$ 13.354.835,76 foram movimentados em 102
contas entre os anos de 2015 e 2017.
A
operação Consilium – que significa Conselho, em latim – foi deflagrada pelo
Grupo de Atuação Especial
de Combate ao Crime Organizado do MPRN (Gaeco), com o
apoio da Polícia Militar e da Polícia Rodoviária Federal. Ao todo, foram
cumpridos 40 mandados de prisão e outros 8, de busca e apreensão. Os mandados
foram cumpridos na penitenciária Rogério Coutinho Madruga, na penitenciária
estadual de Parnamirim, na penitenciária estadual do Seridó, na cadeia pública
de Nova Cruz, na cadeia pública de Natal (Raimundo Nonato Fernandes) e no
centro de detenção provisória de Macaíba; e ainda em residências nas cidades de
Natal, Parnamirim e Macau.
Além
do cumprimento de 40 mandados de prisão e 8 de busca e apreensão, a operação
Consilium prendeu em flagrante três criminosos que estavam foragidos da
Justiça, apreendeu dois revólveres e uma espingarda. As prisões aconteceram no
bairro de Mãe Luíza, na zona Leste de Natal. Hitalo Augusto de Araújo foi preso
na casa dele com um revólver calibre 38, drogas e dinheiro. O segundo preso em
flagrante é o caicoense, Nildemberg Azevedo Wanderley, o Guiguia, (foto). Além
de responder por diversos crimes, ele ficou conhecido pela crônica policial
potiguar após, durante um assalto a uma padaria no bairro de Petrópolis, atirar
contra uma cliente. Essa mulher ficou paraplégica depois de ser baleada na
coluna vertebral. Nildemberg, que à época ainda não tinha 18 anos, foi
apreendido e cumpriu as medidas previstas no Estatuto da Criança e do
Adolescente. Em julho do ano passado, ele fugiu da penitenciária estadual do
Seridó e estava foragido desde então. O terceiro preso é Alison Cabral de Lucas,
que também estava foragido.
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