O
corregedor nacional de Justiça, Humberto Martins, pediu hoje (15) que a juíza
Gabriela Hardt esclareça se tem conhecimento da existência de um perfil no
Twitter chamado “Juíza Gabriela Hardt Sincera”. Martins também quer saber se a
magistrada tomou “alguma
providência para evitar a continuidade de tal
prática”. De acordo com a Justiça Federal em Curitiba, a conta não pertence à
magistrada.
Segundo
o corregedor, responsável por investigações contra magistrados no Conselho
Nacional de Justiça (CNJ), o objetivo do procedimento é esclarecer a situação
para cidadãos, que “poderiam ser induzidos a acreditar que as postagens
refletem posicionamento oficial de integrante da magistratura, o que é
especialmente preocupante em uma época tão pródiga em disseminação de notícias
falsas”.
A
postagem que motivou o pedido de informações foi feita ontem (15), após o
julgamento no qual o STF estabeleceu a competência da Justiça Eleitoral para
julgar crimes comuns conexos, com corrupção e lavagem de dinheiro, investigados
na Operação Lava Jato. Na mesma sessão, o presidente da Corte, ministro Dias
Toffoli, abriu inquérito para apurar notícias falsas (fake news) que tenham os
ministros como alvo.
Foram
publicadas as seguintes mensagens: “Galera, que tal um movimento popular,
pedindo impeachment de todos os ministros do STF, vc topa” e “Urgente: o STF
trabalha nos bastidores para tirar Lula da prisão”, além de “O STF acaba de
enterrar a Lava Jato por 6 votos a 5″.
Na
descrição do perfil no Twitter, o responsável afirma que a conta da rede social
é dedicada aos fãs da juíza Gabriela Hardt e que não tem qualquer vínculo com
ela.
A
juíza comandou a 13ª Vara da Justiça Federal em Curitiba após a saída do juiz
Sergio Moro, que assumiu o cargo de ministro da Justiça e Segurança Pública.
Durante o período, Gabriela Hardt condenou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva a 12 anos e 11 meses de prisão na ação penal sobre as reformas realizadas
no Sítio Santa Bárbara, em Atibaia, São Paulo.
Agência
Brasil
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