quinta-feira, 22 de setembro de 2016

POLÍTICA DO CORONELISMO

Fiquei estarrecida de como mudamos para nada mudar, tive relatos de que certo Presidente de mesa, nomeado pela Justiça Eleitoral, estava atuando na zona rural tentando intimidar eleitores com pouca escolaridade impondo o terror, afirmando que no dia da eleição estará dentro do colégio eleitoral compondo a mesa e que saberá o voto de todos que forem exercer seu direito ao sufrágio na sua zona eleitoral. Tentei encontrar alguma destas pessoas que sofreram este tipo de perseguição e intimidação para testemunhar diante da Justiça, mas infelizmente nenhum teve coragem para fazê-lo. Logo, só nos resta tentar informar à população que ninguém saberá do seu voto, a Constituição Federal/88, nos assegura este direito, in verbis: “art.14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:...” Diante disto, nos vejo retroagindo a época do coronelismo onde tínhamos o voto de cabresto e
fraudes eleitorais gritantes, afinal vamos relembrar um pouco esta época retrógrada que alguns políticos parecem querer retomar: “Voto de Cabresto: na República Velha, o sistema eleitoral era muito frágil e fácil de ser manipulado. Os coronéis compravam votos para seus candidatos ou trocavam votos por bens matérias (pares de sapatos, óculos, alimentos, etc). Como o voto era aberto, os coronéis mandavam capangas para os locais de votação, com objetivo de intimidar os eleitores e ganhar votos. As regiões controladas politicamente pelos coronéis eram conhecidas como currais eleitorais.” “Fraude eleitoral: os coronéis costumam alterar votos, sumir com urnas e até mesmo patrocinavam a prática do voto fantasma. Este último consistia na falsificação de documentos para que pessoas pudessem votar várias vezes ou até mesmo utilizar o nome de falecidos nas votações.” Assim, aos autores desta barbárie informo que inexiste atualmente voto aberto o voto é secreto e não existem mais currais eleitorais, a população será esclarecida e este crime eleitoral não prosperará. Desta forma, só me resta apelar para todos que são íntegros que façamos valer a soberania popular, sem espalhar terror e tentar regredir a época do coronelismo. Façamos cada um a nossa parte de certificar a todos que o voto é SECRETO ninguém, nenhuma autoridade, nem mesmo o Presidente da República poderá saber do seu voto, quanto mais um presidente de mesa ou qualquer mesário ou fiscal presente no local de votação. Exerça seu direito ao voto com a certeza de que o seu voto é SECRETO e espalhe e garanta a todos esta informação. ANNA CARLA PADILHA DE ARAÚJO 
ADVOGADA OAB/RN 10.556

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