sábado, 3 de dezembro de 2016

Açude do Governo: Bairro São Francisco. Novembro de 2015


SUSPIROS DE UM AÇUDE
Observo meu semblante
Você pode acreditar
Eu não me lembro
Quando vi o açude secar
É com tristeza e preocupação
Que eu fico a lamentar.
Água não tem mais
No meu querido torrão
O Açude do Governo secou
Não tem nem cacimbão
Espero pela chuva
Até rachado está o chão.
Açude lamenta: Por muitos anos
Fui rei nesse lugar
Abasteci minha cidade
Pra sede ninguém passar
Hoje me abandonaram
Estou a agonizar.
Desde a década de 1930
Carroça e jumento pra lá e pra cá
Me aposentei em 1979
Com a chegada do Maracajá
Por favor, olhem pra mim
Um dia vocês podem 'precisá'.
Sou um açude idoso
no meu torrão localizado
Ninguém cuida de mim
Sou um velho abandonado
Eu que dei água a vocês
Quem será o culpado?
Marcos Calaça, Jornalista cultural.

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