FOLHAPRESS
Seis anos depois da proibição do uso de três tipos de inibidores de apetite populares no país, a aprovação de um projeto na Câmara dos Deputados que reverte essa decisão gerou uma nova guerra de forças entre Anvisa,
Congresso e representantes de entidades médicas.
Os anorexígenos amfepramona, femproporex e mazindol, “parentes” das anfetaminas, foram usados por décadas no país contra a obesidade até serem vetados em 2011 pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Na época, a agência alegou que não havia comprovação suficiente de eficácia e que os riscos à saúde eram maiores que os possíveis benefícios.
Agora, projeto que segue para sanção ou veto do presidente Michel Temer prevê a liberação dessas substâncias no país e também da sibutramina –outra droga contra obesidade que foi mantida na decisão de 2011, mas com restrições, como necessidade de prescrição médica especial.
A liberação, porém, divide especialistas.
Para médicos que atuam na área de obesidade, o retorno dos inibidores de apetite pode aumentar as possibilidades de tratamento.
Hoje, o país tem quatro opções de medicamentos para controle da obesidade: sibutramina, orlistat (Xenical), liraglutida (Saxenda) e cloridrato de lorcasserina (Belviq).
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