sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Cheiro diferente - Bar do Ferreirinha


Em tempos de eleição, lá pelas bandas de Minas Gerais, dois candidatos, adversários, um da cidade - o "Coroné" - e outro da roça - o "Caipira" - se encontram inadvertidamente na mesma barbearia.
Lá, sentados lado a lado, não se falou palavra alguma. 
Pairava, no ambiente, silêncio absoluto, sepulcral.
O engraxate nem pensou em se oferecer para lustrar os calçados daqueles clientes, para evitar desavenças - uma disputa por quem seria o primeiro.
Os barbeiros temiam iniciar qualquer conversa, pois poderia descambar para discussão.
O "Coroné" valentão só andava armado e era metido a machão.
O "Mineirim", homem simples da roça, não levava desaforo prá casa e ainda  gostava de cutucar o desafeto.
Os barbeiros, espertos, terminaram de fazer as barbas de seus clientes ao mesmo tempo.
Assim que terminaram, o primeiro barbeiro pegou a loção pós-barba e ofereceu ao "Coroné".
Foi interrompido rispidamente por seu cliente:
- Não quero não. A minha esposa vai sentir o cheiro dessa coisa e pensar que eu estava no puteiro.
O segundo barbeiro virou-se para o "Mineirim":
- E o senhor, deseja passar a loção?
- Uai sô, popassá! A minha muié num sabe mermo cumo é chero de putero.a
A barbearia ficou fechada por dois meses para reconstrução depois do fuzuê...

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