Cientistas argentinos anunciaram quinta-feira a criação da primeira vaca clonada transgênica, que incorpora genes humanos com o objetivo de produzir leite "maternizado", ou seja, com propriedades semelhantes às do leite humano.
A apresentação da bezerra Rosita ISA contou com a participação, via teleconferência, da presidente da Argentina, Cristina Kirchner, que disse ter rejeitado uma homenagem de batizar a vaca com seu nome. "Vieram me dizer que o nome seria Cristina, mas que mulher gostaria de ter seu nome numa vaca?", disse a presidente.
Rosita é o primeiro bovino a obter genes humanos incorporados ao seu código genético, segundo divulgou o Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária (INTA). "Eles são capazes de codificar as proteínas presentes no leite humano." As proteínas são a lactoferrina e a lisozima humanas, que têm funções antibacterianas, nutrem as crianças com ferro e fornecem agentes de imunidade contra doenças.
A bezerra nasceu no dia 6 de abril, por cesariana, devido ao seu peso excessivo (45 kg). "Geralmente os bovinos da sua raça (Jersey) não passam de 22 kg", disse o instituto.
A Argentina já fazia parte do seleto clube da clonagem destinada a criar vacas transgênicas desde 2002, quando nasceu Pampa, fruto da clonagem realizada por especialistas do laboratório Bio Sidus a fim de obter leite bovino com a proteína de crescimento humano hGH. As descendentes de Pampa, primeira bezerra clonada na América Latina, produzem leite do qual é extraída essa proteína para produzir a menor custo remédios para crianças com deficiências de crescimento.
(Com AFP e EFE)
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