sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Prefeito de Afonso Bezerra é barrado no Senado e cria movimento

TRIBUNA ONLINE
Conhecido por participar de todos os eventos do movimento Municipalista carregando, aos ombros, a bandeira do seu município, o prefeito Jackson Bezerra, da cidade de Afonso Bezerra, foi barrado pela Polícia Legislativa do Senado Federal.

Jackson, que é uma figura emblemática e combativa, protestou, mas só pôde ter acesso ao auditório Petrônio Portela, depois de concordar em retirar a bandeira. Mas, de forma altiva, Bezerra negou-se a entregar a bandeira.
Por causa do ato arbitrário da Polícia Legislativo, a Confederação Nacional dos Municípios fará formalmente um protesto junto à presidência do Senado.
E mais: Na assembléia realizada no Senado, os prefeitos deliberaram que na próxima mobilização no Congresso Nacional todos deverão trazer as bandeiras dos seus respectivos municípios.
Detalhe: por causa de sua bandeira, Jackson tem sido personagem de matérias jornalísticas. Ontem mesmo foi entrevistado por emissoras de TV e por jornais como a Folha de S. Paulo.

SINTO VERGONHA DE MIM

Sinto vergonha de mim…
por ter sido educador de parte desse povo,
por ter batalhado sempre pela justiça,
por compactuar com a honestidade,
por primar pela verdade
e por ver este povo já chamado varonil
enveredar pelo caminho da desonra.

Sinto vergonha de mim
por ter feito parte de uma era
que lutou pela democracia,
pela liberdade de ser
e ter que entregar aos meus filhos,
simples e abominavelmente,
a derrota das virtudes pelos vícios,
a ausência da sensatez
no julgamento da verdade,
a negligência com a família,
célula-mater da sociedade,
a demasiada preocupação
com o “eu” feliz a qualquer custo,
buscando a tal “felicidade”
em caminhos eivados de desrespeito
para com o seu próximo.

Tenho vergonha de mim
pela passividade em ouvir,
sem despejar meu verbo,
a tantas desculpas ditadas
pelo orgulho e vaidade,
a tanta falta de humildade
para reconhecer um erro cometido,
a tantos “floreios” para justificar
atos criminosos,
a tanta relutância
em esquecer a antiga posição
de sempre “contestar”,
voltar atrás
e mudar o futuro.

Tenho vergonha de mim
pois faço parte de um povo que não reconheço,
enveredando por caminhos
que não quero percorrer…

Tenho vergonha da minha impotência,
da minha falta de garra,
das minhas desilusões
e do meu cansaço.
Não tenho para onde ir
pois amo este meu chão,
vibro ao ouvir meu Hino
e jamais usei a minha Bandeira
para enxugar o meu suor
ou enrolar meu corpo
na pecaminosa manifestação de nacionalidade.

Ao lado da vergonha de mim,
tenho tanta pena de ti,
povo brasileiro !

(Autoria real desconhecida)
***

” De tanto ver triunfar as nulidades,
de tanto ver prosperar a desonra,
de tanto ver crescer a injustiça,
de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus,
o homem chega a desanimar da virtude,
a rir-se da honra,
a ter vergonha de ser honesto “.

(Rui Barbosa)

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