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Favela
A Favela [Cnidoscolus phyllacanthus (Muell. Arg.) Pax et K. Hoffm] é uma árvore (Fig. 1) nativa do Brasil, que ocorre na região semi-árida. Apresenta extraordinária resistência à seca, pertence a família Euphorbiaceae, com fruto tipo cápsula tricoca, deiscente (Fig. 2). Uma característica marcante da espécie é a presença de espinhos, que é abundante e sua picada causa sensação desagradável a pessoas que, inadvertidamente, tocam as suas extremidades pontiagudas.
Pode ser usada para alimentação animal e humana. A folha madura e a casca servem de forragem aos caprinos, ovinos, asininos e bovinos e suas sementes (Fig. 2), podem ser utilizadas na avicultura e suinocultura.
Na dieta humana a espécie apresenta-se como uma alternativa para a produção de óleo comestível e de farinha (conhecida popularmente como "fuba de favela"), esta rica em sais minerais e, principalmente, em proteínas.
A casca da favela é usada na medicina popular como cicatrizante. Estudos recentes apontam a importância da planta para extração de produtos farmacêuticos para a fabricação de remédios antibióticos e analgésicos.
Outras referências sobre a importância econômica da espécie estão no seu uso energético, serraria e na recuperação de áreas degradadas.
O estudo com a favela foi iniciado em 1937 pelo botânico Phylipp Von Lutzelburg. Este botânico estudou o xerofilismo da vegetação nordestina, esclarecendo porque as plantas resistem à seca e ressurgem fisiologicamente com folhas, flôres e frutos, mal aparecem as primeiras chuvas. Na década de 70 a Universidade Federal do Ceará iniciou o estudo com a favela e atualmente várias instituições do nordeste muitas vezes em parceria com instituições do Sudeste, vem desenvolvendo trabalhos científicos com esta espécie oleaginosa.
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