Já em outro artigo, falei de como era antigamente os reservatórios d’água em nossa terra. Hoje falaremos de como era transportada até as residências.
Os nomes dos jumentos eram os mais variados: Jararáca que mordia até o vento, Rouxinol, Rouxinho, Dengoso, Jaçanã, Roncoió, Chá Preto, Macambirão, Jurema, Paquete, Jajão, Caçarola, Baiana, Medalha, Curisco, Pureza, Beleza, Marroco, Relampo, Arizona, Lobisome entre outros. Geralmente estavam equipados com uma cangalha e quatro barris, às vezes de madeira, às vezes de zinco.
Quanto às carroças, que eram poucas, porém iam buscar água mais longe. A água azulada e doce da cacimba do Trinta era trazida por Joaquim Zeba, da mesma forma, a água mineral trazida da Baixa do Juazeiro, por Chico Zeba e sua tropa. O mais curioso era o nome das juntas. A carroça de Leopoldo era Mimoso e Bordado, cujo o carroceiro era Assis de Maria Emilia que, anos depois, Foi Prefeito de Lagoa de Velhos. A carroça de Sr. Odilon Cabral era Pará e Paraná, conduzida por seu Valdemar e Nilvaldo. Ainda tinha uma outra carroça da usina com a parelha Colorau e Farrusco.
De maneira que nunca ficamos sem água e ainda pegávamos morcego na ida e na vinda das mesmas.
“Que tempo maravilhoso
No despontar da existência”.
Profº e Poeta João Bosco.
OBS: Conheci a dupla de bois: PARÁ E PARANÁ. Bois azebuados sendo PARÁ maior de chigres grossos e combucos e PARANÃ de chifres mais finos e abertos. Quando meu pai comprou aos herdeiros de Sr. Odilon mandou fazer ao lado do armazém do Riacho do Meio uma cocheira para os dois. Na ração inaugural colocou 10 kg de torta de algodão + 20 kg de casquinha e 4 latas de água. Os bois comeram e lamberam a cocheira, como quem queria dizer: Traga mais. Na mesma semana papai vendeu para Pendências aonde PARÁ deu 38 arrobas e PARANÁ 37 indo também com eles o touro INDUBRASIL de nome CRISTAL e que pesou 27 arrobas
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