Advogado do deputado que denunciou suposto esquema apresenta a defesa nesta semana
Carolina Martins, do R7, em Brasília
Wilton Junior/AE
Veja mais fotosAo contrário da maioria dos réus do mensalão, defesa de Jefferson vai reafirmar que esquema existiuO advogado de Roberto Jefferson vai subir na tribuna do STF (Supremo Tribunal Federal) para defender seu cliente nesta segunda-feira (13) e deve manter a tese de que o mensalão existiu. O pivô do escândalo que revelou o suposto esquema vai acompanhar o desempenho de seu defensor pela televisão, em casa, se recuperando da cirurgia que realizou para retirada de um tumor no pâncreas.
Luiz Francisco Corrêa Barbosa, advogado de Jefferson vai, portanto, seguir na direção contrária da defesa da maioria dos réus do julgamento, que negaram a existência do esquema.
Em entrevista ao R7, o advogado do réu, Luiz Francisco Corrêa Barbosa, diz que mesmo antes da descoberta do câncer já estava decidido que Jefferson não iria ao plenário do Supremo acompanhar as sessões pessoalmente. Agora, com o tratamento da doença, fica inviável a viagem a Brasília.
Roberto Jefferson era deputado federal por São Paulo e presidente do PTB, em 2005, na época que estourou o escândalo do mensalão. Tudo começou quando foi divulgada uma filmagem, na qual o chefe do departamento de contratações dos Correios na época, Maurício Marinho, aparece negociando licitações em troca de propina. No vídeo, ele afirma que tinha o respaldo de Jefferson nas negociações.
Acompanhe a cobertura completa do julgamento do mensalão
Jefferson: o cantor de melôs que detonou a crise
Acusado de dar respaldo ao esquema de licitações ilegais dos Correios, Roberto Jefferson revelou, em entrevistas à imprensa e durante depoimentos no Congresso, que a fraude era muito maior. Segundo o deputado, o PT mantinha um esquema de pagamento mensal de propina para que os parlamentares apoiassem os projetos do governo no Congresso.
Desafeto de acusados
Vários deputados que subiram na tribuna para defender seus clientes desqualificaram o depoimento de Roberto Jefferson como prova do esquema. Afirmaram que o ex-deputado estava acuado pelas denúncias e “inventou” o mensalão para desviar o foco das denúncias. O advogado de José Dirceu, o maior desafeto de Jefferson, afirmou no plenário que o ex-deputado fez “um bom teatro”.
Mas a defesa do delator vai manter a tese do mensalão. Luiz Francisco Corrêa Barbosa disse ao R7 que não vai falar muito sobre o esquema durante sua sustentação oral porque não faz parte da estratégia traçada pela defesa. Mas vai manter as acusações feitas por Jefferson em 2005.
— Ninguém negou que foi lá no Banco Rural e recebeu o dinheiro. Alguns dizem que era para pagar TV a cabo; outros, cartão de crédito da esposa; outros, para pagar pesquisa eleitoral, dívida de campanha. O mensalão que Roberto Jefferson mencionou é o fato de ir lá e receber. Isso está mais que provado.
Lavagem de dinheiro e corrupção
Sobre as acusações de lavagem de dinheiro e corrupção passiva, por ter recebido R$ 4 milhões de reais do PT, a defesa de Roberto Jefferson vai alegar que a verba era referente a um acordo eleitoral.
A acusação sustenta que a verba foi repassada em troca de apoio político no Congresso, mas o advogado de Jefferson alega que a reforma da Previdência, uma das votações que teriam sido compradas pelo mensalão, faz parte do programa de partido do PTB, e os parlamentares não precisariam receber incentivos para aprovar a proposta.
Veja mais fotosAo contrário da maioria dos réus do mensalão, defesa de Jefferson vai reafirmar que esquema existiuO advogado de Roberto Jefferson vai subir na tribuna do STF (Supremo Tribunal Federal) para defender seu cliente nesta segunda-feira (13) e deve manter a tese de que o mensalão existiu. O pivô do escândalo que revelou o suposto esquema vai acompanhar o desempenho de seu defensor pela televisão, em casa, se recuperando da cirurgia que realizou para retirada de um tumor no pâncreas.
Luiz Francisco Corrêa Barbosa, advogado de Jefferson vai, portanto, seguir na direção contrária da defesa da maioria dos réus do julgamento, que negaram a existência do esquema.
Em entrevista ao R7, o advogado do réu, Luiz Francisco Corrêa Barbosa, diz que mesmo antes da descoberta do câncer já estava decidido que Jefferson não iria ao plenário do Supremo acompanhar as sessões pessoalmente. Agora, com o tratamento da doença, fica inviável a viagem a Brasília.
Roberto Jefferson era deputado federal por São Paulo e presidente do PTB, em 2005, na época que estourou o escândalo do mensalão. Tudo começou quando foi divulgada uma filmagem, na qual o chefe do departamento de contratações dos Correios na época, Maurício Marinho, aparece negociando licitações em troca de propina. No vídeo, ele afirma que tinha o respaldo de Jefferson nas negociações.
Acompanhe a cobertura completa do julgamento do mensalão
Jefferson: o cantor de melôs que detonou a crise
Acusado de dar respaldo ao esquema de licitações ilegais dos Correios, Roberto Jefferson revelou, em entrevistas à imprensa e durante depoimentos no Congresso, que a fraude era muito maior. Segundo o deputado, o PT mantinha um esquema de pagamento mensal de propina para que os parlamentares apoiassem os projetos do governo no Congresso.
Desafeto de acusados
Vários deputados que subiram na tribuna para defender seus clientes desqualificaram o depoimento de Roberto Jefferson como prova do esquema. Afirmaram que o ex-deputado estava acuado pelas denúncias e “inventou” o mensalão para desviar o foco das denúncias. O advogado de José Dirceu, o maior desafeto de Jefferson, afirmou no plenário que o ex-deputado fez “um bom teatro”.
Mas a defesa do delator vai manter a tese do mensalão. Luiz Francisco Corrêa Barbosa disse ao R7 que não vai falar muito sobre o esquema durante sua sustentação oral porque não faz parte da estratégia traçada pela defesa. Mas vai manter as acusações feitas por Jefferson em 2005.
— Ninguém negou que foi lá no Banco Rural e recebeu o dinheiro. Alguns dizem que era para pagar TV a cabo; outros, cartão de crédito da esposa; outros, para pagar pesquisa eleitoral, dívida de campanha. O mensalão que Roberto Jefferson mencionou é o fato de ir lá e receber. Isso está mais que provado.
Lavagem de dinheiro e corrupção
Sobre as acusações de lavagem de dinheiro e corrupção passiva, por ter recebido R$ 4 milhões de reais do PT, a defesa de Roberto Jefferson vai alegar que a verba era referente a um acordo eleitoral.
A acusação sustenta que a verba foi repassada em troca de apoio político no Congresso, mas o advogado de Jefferson alega que a reforma da Previdência, uma das votações que teriam sido compradas pelo mensalão, faz parte do programa de partido do PTB, e os parlamentares não precisariam receber incentivos para aprovar a proposta.
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