Uma mulher independente, vítima da própria
autonomia. Um “cavalo selvagem”. Foi assim que a prefeita afastada Micarla de
Sousa, do PV, se classificou na entrevista publicada neste final de semana pelo
jornal Folha de
São Paulo, poucos dias depois da repercussão nacional que o seu envolvimento em um esquema de corrupção montado e denunciado pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte ganhou.
São Paulo, poucos dias depois da repercussão nacional que o seu envolvimento em um esquema de corrupção montado e denunciado pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte ganhou.
E, além de independente, Micarla de Sousa é
também inocente de todas as denúncias, segundo ela mesma colocou. “Sou a
primeira gestora na história do país cassada por liminar judicial. Não fui
julgada, não fui denunciada. Não existe nada. Existem, apenas, como é colocado
pelo Ministério Público, indícios de que haja alguma coisa. E por indícios eu
fui julgada, condenada moralmente e afastada do meu cargo. Isso tem sido
doloroso porque fui eleita por 193 mil votos, por 50,8% da população. Fui
julgada sem direito à defesa. Nem o pior dos bandidos passou pelo que passei”,
afirmou Micarla em entrevista a'O
Jornal de Hoje.
Sendo assim, por que o afastamento teria se
dado? Segundo Micarla, justamente, devido à autonomia dela. “Esses indícios me
levam a crer que sou muito temida pelos poderosos. Tenho a sensação de que sei
demais, de que sou um arquivo vivo de muitas coisas. O que aconteceu comigo foi
uma grande história, uma grande estrutura montada, e não foi da noite para o
dia. Acho que havia mais ou menos uma crônica da morte anunciada a partir do
momento que comecei a dar ‘não’ a algumas figuras”.
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