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JOSIMAR MELO, SINDICATO DOS POLICIAIS CIVIS DE ALAGOAS |
"Objeto de desejo" do Governo do Estado para combater à violência com ajuda federal é alvo de críticas do Sindpol/AL
O Governo do Rio Grande do Norte assinou nesta terça-feira a carta de
intenções comprometendo-se a implantar o programa federal Brasil Mais
Seguro. Contudo, mesmo que não tivesse se comprometido, é bem provável
que a gestão Rosalba Ciarlini, do DEM, buscasse a implantação desse
programa, considerado por muitos como a solução para reduzir a violência
urbana nas principais cidades do Estado – Natal, Parnamirim e Mossoró.
Porém, no mês passado, o Sindicato dos Políciais Civis de Alagoas
(Sindpol/AL), primeiro estado onde o programa foi implantado, fez
críticas nada amistosas ao Brasil Mais Seguro, classificado como “um
fracasso”.
Segundo o Sindpol/AL, os números da Secretaria de Defesa Social de
Alagoas (SDS/AL) dão conta de que, em média, ocorrem mais de 200
homicídios por mês no Estado, ou seja, a cada três horas, uma pessoa é
assassinada. O Plano Brasil Mais Seguro não controlou a violência em
Alagoas. Em março de 2012, foram assassinadas 203 pessoas e um ano
depois, já com o programa implantado, foram registrados 207 homicídios.
Por isso, para o presidente do Sindicato, Josimar Melo, há falhas tanto
por parte do Governo do Estado, quanto por meio da Secretaria Nacional
de Segurança Pública (Senasp), que não ouviram as necessidades dos
policiais civis e militares, do Corpo de Bombeiros, dos peritos e dos
agentes penitenciários.
“Eles simplesmente nos ignoraram. Não levaram em consideração os
profissionais de segurança pública que estão na ponta do problema”,
apontou Melo ao site Tribuna Hoje, de Alagoas. É importante lembrar que,
nesse aspecto, o Rio Grande do Norte até que se assemelha ao quadro
alagoano, uma vez que o Sinpol/RN também reclama da falta de espaço e
diálogo com o Governo do Estado.
Além disso, na avaliação de Josimar Melo, a chegada da Força Nacional a
Alagoas causou prejuízo a população que, muitas vezes, sofre com o abuso
de poder e a arbitrariedade dos profissionais. Como também ocasionou a
divisão entre os policiais locais e os da Força Nacional, que recebem
treinamentos e armamentos adequados para atuar e ganham até R$ 9 mil
somente de diárias por mês, já os policiais alagoanos não ganham nada
disso. “Os policiais da Força Nacional são vistos pelas polícias como
invasores e usurpadores, além disso, eles discriminam em seu
tratamento”, afirmou.
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