quinta-feira, 27 de junho de 2013

Sem surpresas, Rosalba indica Glauber Rêgo ao TJ

Ricardo Araújo - repórter
Sem surpresas. Assim foi o processo de escolha do próximo desembargador do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN) que ocorreu na manhã desta quarta-feira, 26. Após quase cinco horas de votação na sede da Corte, a lista tríplice foi mais uma vez formada pelos advogados Artêmio Jorge de Araújo Azevedo, Glauber Antônio Nunes  Rêgo e Magna Letícia de Azevedo Lopes Câmara. Desta vez, os treze desembargadores aptos a votar o fizeram através de forma aberta e fundamentada. Poucas horas após o resultado no TJRN, a governadora Rosalba Ciarlini anunciou a escolha de Glauber Antônio Nunes Rêgo para ocupar a vaga, mantendo o mesmo entendimento de fevereiro passado, quando o processo foi suspenso pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

João Maria AlvesEm sessão que durou quase cinco horas, Pleno definiu nova listaEm sessão que durou quase cinco horas, Pleno definiu nova listaNesta quinta-feira, 27, a Assembleia Legislativa receberá um ofício da Governadoria e deverá marcar a data da sabatina com o indicado pelo Executivo Estadual. Ao ser contatado e informado sobre a escolha da governadora Rosalba Ciarlini, o advogado Glauber Rêgo agiu com surpresa. “Ainda não havia sido informado oficialmente. Mas a expectativa era essa. Não havia motivos para o Executivo Estadual mudar a indicação. Estou muito feliz com o resultado e agora é esperar o fim de mais um ciclo”, comentou Glauber Rêgo. Mesmo com a indicação pela governadora, o advogado ainda será sabatinado pelos deputados estaduais e, caso aprovado, será nomeado pela chefe do Executivo Estadual e assumirá o cargo.

Glauber Rêgo disse que, como desembargador, espera contribuir com uma Justiça mais célere. “Precisamos dar respostas mais rápidas ao cidadão. Sejam elas positivas ou negativas”. Sobre o procedimento de votação, aberto e fundamentado pelos desembargadores, além de Glauber Rêgo, os outros dois escolhidos, Magna Letícia e Artêmio Azevedo, se disseram satisfeitos. Para o presidente do TJRN, desembargador Aderson Silvino, a Corte de Justiça tomou uma posição demonstrando que não ocorreram erros e sim interpretações diferentes, quando comparada a segunda com a primeira votação, ocorrida em fevereiro passado.

“Nada estava errado. O Tribunal de Justiça queria aquela lista da primeira votação e foi confirmada hoje (ontem)”, argumentou. Ele refutou qualquer possibilidade de ingerência no processo de escolha da lista tríplice e, referindo-se à decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) de suspender o processo anterior e determinar a deflagração de um novo, aberto e fundamentado, assegurou que o “TJ não está isento de reclamações e questionamentos”.

Votação fundamentada

O processo de votação aberta e fundamentada se estendeu por toda a manhã e início da tarde desta quarta-feira, 26. Cada um dos treze desembargadores tiveram que justificar porque votavam em determinado candidato. A maioria deles  calçava as decisões em jurisprudências antigas e atuais que discorrem sobre os critérios de conduta ilibada, experiência profissional e conhecimento técnico, além do período de atuação como advogado, itens que compuseram os critérios listados no acórdão do CNJ que deveriam ser balizadores da fundamentação dos votos.

O desembargador Amaury Moura Sobrinho teceu comentários quando à decisão do CNJ e disse “que nem sempre o melhor curriculum serve para denotar o melhor saber jurídico” e, além disso, não havia “como se comparar a reputação ilibada entre os candidatos”. Afora as críticas ao procedimento, a votação seguiu tranquila. Somente no segundo escrutínio, quando os desembargadores se dividiram entre os nomes de Glauber Rêgo e Verlano Queiroz, a plateia, basicamente formada por advogados, chegou a argumentar o porquê da indicação de Verlano Queiroz. Por um voto de diferença a favor de Glauber Rêgo, um novo escrutínio foi realizado, dando vitória ao advogado Glauber Rêgo.
João Maria AlvesGlauber Rêgo, advogado: A expectativa era essa. Não havia motivos para o Executivo mudar a indicaçãoGlauber Rêgo, advogado: A expectativa era essa. Não havia motivos para o Executivo mudar a indicação

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