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Empresa é investigada por suspeita de praticar pirâmide financeira no país.
Rastreadores da BBom (Foto: Divulgação)
Investigada por suspeita de pirâmide financeira, a empresa BBom
informou nesta sexta-feira (30) que recorreu da decisão da Justiça
Federal de Goiás, que bloqueou mais de R$ 300 milhões em bens da Embrasystem, dona do nome fantasia da marca, e dos seus sócios.
Em nota, a empresa diz que “confia na Justiça brasileira e que aguarda uma decisão contra a ação do Ministério Público Federal de Goiás (MPF-GO)”. Além disso, ressalta que “está colaborando com a divulgação de todas as informações solicitadas”.
Na última quarta-feira (28), a Embrasystem foi alvo de uma nova medida judicial. Desta vez, o pedido da Procuradoria da República foi aceito pela Justiça Federal de São Paulo, que determinou o sequestro de 49 veículos, entre eles 26 carros de luxo, e o bloqueio de R$ 479 milhões em contas bancárias de dirigentes. A decisão é do juiz Marcelo Costenaro Cavali, da 6ª Vara Criminal Federal paulista, que destacou que os agentes da Polícia Federal estavam com dificuldade para recolher os veículos.
Goiás
O MPF-GO pediu a condenação do grupo por formação de pirâmide financeira e captação irregular de poupança popular. Além disso, quer a dissolução jurídica da empresa e a reparação de danos causados aos consumidores, com futuras indenizações.
A ação é movida pelos procuradores da República Mariane Guimarães e Helio Telho e do Promotor Murilo Miranda contra a Embrasystem Tecnologia em Sistemas, Importações e Exportações. Para os MPs, os proprietários das empresas devem responder por formação de pirâmide financeira e captação irregular de poupança popular.
No último dia 14, o MPF-GO informou que a empresa tentou sacar cerca de R$ 2,5 milhões do valor que foi bloqueado. De acordo com o órgão, a quantia foi depositada na conta de um “laranja”, mas o saque foi impedido por meio de uma ação cautelar.
O total de R$ 2.480.000 foi transferido para a conta bancária de Cristina Dutra Bispo, esposa do diretor de marketing da BBom, Ednaldo Alves Bispo. O casal receberia o dinheiro desviado com o fim de frustrar o bloqueio das empresas do grupo.
Em nota enviada ao G1, a BBom explicou que o executivo Ednaldo Alves Bispo e sua esposa Cristina Dutra Bispo trabalham para a empresa e “têm remuneração definida sob a forma de contrato de prestação de serviços, com firma reconhecida desde o início das atividades”. Em relação ao valor depositado na conta da mulher, a empresa garante que o dinheiro “pertence ao casal, que possui conta corrente conjunta”.
Site da BBom (Foto: Reprodução/Internet)
Investigação
A BBom é investigada por uma força-tarefa, que realiza uma varredura em todo o país contra a prática de pirâmide financeira, que é ilegal. Em Goiás, os Ministérios Público Federal e Estadual suspeitam que a companhia não tenha todos os rastreadores oferecidos aos associados.
Os pedidos de bloqueio de bens e suspensão das atividades foram acatados pela juíza federal substituta da 4ª Vara Federal de Goiânia, Luciana Laurenti Gheller, no dia 10 de julho. Desde então, estão bloqueados R$ 300 milhões em contas bancárias do grupo, além de cerca de 100 veículos, incluindo motos e carros de luxo como Ferrari e Lamborghinis.
Em uma segunda liminar, no dia 17 de julho, a juíza determinou a "imediata suspensão" das atividades desenvolvidas pela BBom, e proíbe o cadastro de novos associados bem como a captação de recursos financeiros junto aos associados que já integram a rede.
Pirâmide
Segundo a Justiça, os integrantes da BBom são remunerados pela indicação de novos participantes no negócio, sem levar em consideração a quantia gerada pela venda dos produtos. Isso caracteriza o esquema de pirâmide financeira.
Os interessados se associavam mediante o pagamento de uma taxa de cadastro, no valor de R$ 60, mais uma taxa de adesão, que variava de R$ 600 a R$ 3 mil, de acordo com o plano escolhido. Depois disso, a pessoa era obrigada a atrair novos associados e pagar uma taxa mensal no valor de R$ 80, pelo prazo de 36 meses. Quanto maior o número de novos integrantes, maior seria a premiação ou bonificação que seria oferecida pela empresa.
Empresa é investigada por suspeita de praticar pirâmide financeira no país.
Após decisão da Justiça goiana, juiz paulista determinou novo bloqueio.
Em nota, a empresa diz que “confia na Justiça brasileira e que aguarda uma decisão contra a ação do Ministério Público Federal de Goiás (MPF-GO)”. Além disso, ressalta que “está colaborando com a divulgação de todas as informações solicitadas”.
Na última quarta-feira (28), a Embrasystem foi alvo de uma nova medida judicial. Desta vez, o pedido da Procuradoria da República foi aceito pela Justiça Federal de São Paulo, que determinou o sequestro de 49 veículos, entre eles 26 carros de luxo, e o bloqueio de R$ 479 milhões em contas bancárias de dirigentes. A decisão é do juiz Marcelo Costenaro Cavali, da 6ª Vara Criminal Federal paulista, que destacou que os agentes da Polícia Federal estavam com dificuldade para recolher os veículos.
saiba mais
Sobre essa nova ação, a BBom informou que “todos os carros que fazem
parte do bloqueio já estão sob o poder da Justiça Federal. A empresa
cumpriu com a determinação e entregou todos os veículos, conforme
solicitação”. A companhia também vai recorrer contra a decisão.- MPs pedem dissolução da BBom e condenação de sócios da empresa
- BBom usa 'laranja' para tentar sacar R$ 2,5 milhões, diz MPF-GO
- Justiça de Goiás decreta novo bloqueio de bens da empresa BBom
- Associados da BBom podem receber apenas investimento inicial, diz MPF
- Justiça suspende atividades da BBom e bloqueia novos cadastros
- Bloqueio de bens da BBom inclui R$ 300 milhões e Ferraris, diz MP
- BBom não tem todos os rastreadores negociados, suspeita MP
Goiás
O MPF-GO pediu a condenação do grupo por formação de pirâmide financeira e captação irregular de poupança popular. Além disso, quer a dissolução jurídica da empresa e a reparação de danos causados aos consumidores, com futuras indenizações.
A ação é movida pelos procuradores da República Mariane Guimarães e Helio Telho e do Promotor Murilo Miranda contra a Embrasystem Tecnologia em Sistemas, Importações e Exportações. Para os MPs, os proprietários das empresas devem responder por formação de pirâmide financeira e captação irregular de poupança popular.
No último dia 14, o MPF-GO informou que a empresa tentou sacar cerca de R$ 2,5 milhões do valor que foi bloqueado. De acordo com o órgão, a quantia foi depositada na conta de um “laranja”, mas o saque foi impedido por meio de uma ação cautelar.
O total de R$ 2.480.000 foi transferido para a conta bancária de Cristina Dutra Bispo, esposa do diretor de marketing da BBom, Ednaldo Alves Bispo. O casal receberia o dinheiro desviado com o fim de frustrar o bloqueio das empresas do grupo.
Em nota enviada ao G1, a BBom explicou que o executivo Ednaldo Alves Bispo e sua esposa Cristina Dutra Bispo trabalham para a empresa e “têm remuneração definida sob a forma de contrato de prestação de serviços, com firma reconhecida desde o início das atividades”. Em relação ao valor depositado na conta da mulher, a empresa garante que o dinheiro “pertence ao casal, que possui conta corrente conjunta”.
A BBom é investigada por uma força-tarefa, que realiza uma varredura em todo o país contra a prática de pirâmide financeira, que é ilegal. Em Goiás, os Ministérios Público Federal e Estadual suspeitam que a companhia não tenha todos os rastreadores oferecidos aos associados.
Os pedidos de bloqueio de bens e suspensão das atividades foram acatados pela juíza federal substituta da 4ª Vara Federal de Goiânia, Luciana Laurenti Gheller, no dia 10 de julho. Desde então, estão bloqueados R$ 300 milhões em contas bancárias do grupo, além de cerca de 100 veículos, incluindo motos e carros de luxo como Ferrari e Lamborghinis.
Em uma segunda liminar, no dia 17 de julho, a juíza determinou a "imediata suspensão" das atividades desenvolvidas pela BBom, e proíbe o cadastro de novos associados bem como a captação de recursos financeiros junto aos associados que já integram a rede.
Pirâmide
Segundo a Justiça, os integrantes da BBom são remunerados pela indicação de novos participantes no negócio, sem levar em consideração a quantia gerada pela venda dos produtos. Isso caracteriza o esquema de pirâmide financeira.
Os interessados se associavam mediante o pagamento de uma taxa de cadastro, no valor de R$ 60, mais uma taxa de adesão, que variava de R$ 600 a R$ 3 mil, de acordo com o plano escolhido. Depois disso, a pessoa era obrigada a atrair novos associados e pagar uma taxa mensal no valor de R$ 80, pelo prazo de 36 meses. Quanto maior o número de novos integrantes, maior seria a premiação ou bonificação que seria oferecida pela empresa.
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