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Resultado de pesquisa da Unesp servirá para regulamentar procedimentos de manejo no Brasil e no mundo
por Teresa Raquel Bastos | edição: Vinicius Galera de Arruda
A escala de dor ajudarão na recuperação no pós-operatório (Foto: Reprodução / Site UEL)
A pauta de bem-estar animal está cada dia mais presente no cotidiano, especialmente após a invasão do Instituto Royal no dia 18 de outurbo em São Roque (SP). Entretanto, enquanto algumas pessoas se preocupam com os animais domésticos, os animais de criação que servem à indústria de alimentos acabam esquecidos.
Pensando nessa parcela que vira comida, a Universidade Estadual Paulista (Unesp)desenvolveu uma escala para avaliar a dor nos animais destinados ao abate: bovinos e suínos, além de equinos. “A ausência de escalas cientificamente
validadas que auxiliem produtores, veterinários e pesquisadores a reconhecer e a mensurar a dor nesses animais contribui para o tratamento inapropriado ou insuficiente da dor”, diz Stélio Pacca Loureiro Luna, professor da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) da Unesp de Botucatu (SP) e coordenador da pesquisa.
O estudo, que conta com instituições parceiras do Brasil, Inglaterra, Estados Unidos, Espanha, Uruguai e Argentina, está em andamento desde 2010, e busca propor e validar escalas que apontarão se é necessário o uso de analgésicos em alguns casos clínicos, especialmente no alívio da aguda no pós-operatório. No experimento foi feita a castração, considerada uma cirurgia pouco invasiva, mas que atinge tecidos de alta sensibilidade e é bastante recorrente nos rebanhos.
Os animais foram filmados antes, durante e depois do procedimento. Foram coletadas mais de 700 horas de filmagem, que agora estão sendo analisados na universidade. Os cientistas analisaram as imagens fora da ordem cronológica e observaram fatores como postura, locomoção, interação com o ambiente e atenção à ferida, entre outros. Depois recomendam ou não do uso de remédios e classificaram quatro tipos de dor.
validadas que auxiliem produtores, veterinários e pesquisadores a reconhecer e a mensurar a dor nesses animais contribui para o tratamento inapropriado ou insuficiente da dor”, diz Stélio Pacca Loureiro Luna, professor da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) da Unesp de Botucatu (SP) e coordenador da pesquisa.
O estudo, que conta com instituições parceiras do Brasil, Inglaterra, Estados Unidos, Espanha, Uruguai e Argentina, está em andamento desde 2010, e busca propor e validar escalas que apontarão se é necessário o uso de analgésicos em alguns casos clínicos, especialmente no alívio da aguda no pós-operatório. No experimento foi feita a castração, considerada uma cirurgia pouco invasiva, mas que atinge tecidos de alta sensibilidade e é bastante recorrente nos rebanhos.
Os animais foram filmados antes, durante e depois do procedimento. Foram coletadas mais de 700 horas de filmagem, que agora estão sendo analisados na universidade. Os cientistas analisaram as imagens fora da ordem cronológica e observaram fatores como postura, locomoção, interação com o ambiente e atenção à ferida, entre outros. Depois recomendam ou não do uso de remédios e classificaram quatro tipos de dor.
Com os resultados obtidos, a escala mais ampla (antes só havia uma que analisava dores ortopédicas, e não de tecidos moles) servirá para regulamentar procedimentos não só no Brasil, mas no mundo. A ferramenta será disponibilizada gratuitamente no site Animal Pain, onde a universidade já publicou uma escala de dor aguda em gatos. “Ampliar os conhecimentos sobre a dor e, assim, aplicar analgésicos com mais propriedade é importante para o bem-estar dos animais e do ponto de vista prático. Isso porque pode haver ganhos [para o produtor], como menor tempo de recuperação pós-operatória e redução de inflamações”, explica Luna.
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