Segundo o delegado, todos os indícios levam, até o momento, ao PM como o autor dos disparos que matou o lutador ou mesmo que ele tenha sido o mentor intelectual do crime
O delegado Silvio Fernando, titular da 11ª Delegacia de Polícia, que investiga o assassinato do lutador de MMA, Luiz de França Sousa Trindade, de 25 anos, vai pedir um exame residuográfico, que detecta vestígios de pólvora, na roupa que o tenente da PM Iranildo Félix usava na manhã do crime. Ele está sendo apontado como o principal suspeito de ter assassinado a tiros o lutador.
De acordo com o delegado, uma testemunha teria informado que os dois homens que se aproximaram da academia Alta Performance para matar Luiz de França estavam usando bermuda preta e que coincidentemente era a mesma cor de bermuda usada pelo PM na manhã em o crime aconteceu. “Estive na asa do tenente e pude e ele mesmo me confessou que estava usando uma bermuda preta. Porém, tanto a bermuda quanto a camisa que ele usava já estavam sendo lavadas”, acrescentou.
O delegado disse ainda que vai verificar com o Instituto Técnico-Científico de Polícia (Itep) se ainda é possível fazer o exame residuográfico e se confirmado ele vai solicitar o mesmo junto ao órgão. “Estamos recolhendo o máximo de indícios que possam levar ao culpado e até agora, todos eles levam ao tenente”, disse o delegado.
Crime
O crime foi registrado na manhã da segunda-feira (10), na Rua Serra da Jurema, no Conjunto Cidade Satélite, em uma academia de ginástica. Além dele, outro jovem ainda não identificado também foi baleado e levado para o hospital.
De acordo com informações do chefe de investigações Humberto Miranda, o tenente era aluno de artes marciais e teria se desentendido com o professor há cerca de duas semanas. Segundo relatos, os dois teriam se desentendido porque a vítima não aceitava o comportamento violento do policial durante as aulas.
Ainda segundo relatos de outros policiais militares, o tenente vinha sofrendo de transtornos mentais e estava apresentando um comportamento muito violento, fato que não foi confirmado pela PM. Armado de pistola calibre ponto 40 ele teria seguido até a academia e matou o professor com nove tiros e ainda atingiu o outro homem, que também era instrutor com um tiro na perna.
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