quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Marcha do MST resulta em confusão na região central de Brasília

Manifestantes atiraram objetos em PMs, que reagiram com bombas de gás.
Tumulto na Praça dos Três Poderes chegou a suspender sessão do STF.

Manifestantes do MST entram em confronto com policiais em Brasília. (Foto: Sérgio Lima/Folhapress) 
Manifestantes do MST entram em confronto com policiais em Brasília. (Foto: Sérgio Lima/Folhapress)
Uma passeata do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra resultou em confusão na tarde desta quarta-feira (12), em Brasília. A marcha pela reforma agrária reuniu cerca de 15 mil pessoas, segundo a Polícia Militar, e interrompeu o trânsito na área central da capital. Na Praça dos Três Poderes, houve enfrentamento entre integrantes da passeata e policiais.
Os manifestantes ocuparam a Praça dos Três Poderes, onde ficam o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal e o Palácio do Planalto, sede do Poder Executivo. A presidente Dilma Rousseff não se encontrava no palácio no momento do tumulto - ela estava no Palácio da Alvorada, residência oficial.
mst fumaça (Foto: Reprodução/TV Globo) 
Fumaça de bomba de gás atirada por PMs para
dispersar manifestantes na Praça dos Três Poderes
(Foto: Reprodução/TV Globo)
Em pelo menos três momentos houve confusão entre policiais militares e manifestantes na Praça dos Três Poderes. O Batalhão de Choque da PM chegou a jogar bombas de gás e dar tiros de borracha na direção dos sem-terra. Manifestantes arremessaram objetos contra os PMs.
O comandante Florisvaldo Ferreira César, do Comando Policial da Região Metropolitana (CPRM) informou que oito policiais se feriram, um deles levado para um hospital. Depois do tumulto, os manifestantes se concentraram no gramado em frente ao Congresso Nacional. Segundo lideranças do MST, um manifestante foi detido após confronto e pelo menos dois ficaram feridos.
O senador Inácio Arruda (PCdoB-CE), que acompanhou a manifestação do alto de um carro de som disse que os manifestantes não tinham a intenção de invadir prédios públicos. "A polícia achou que eles tinham a intenção de invadir o Palácio do Planalto, mas nunca houve essa ideia. A polícia foi para cima e os manifestantes reagiram. Estou aqui desde o começo para não deixar virar pancadaria", disse o parlamentar.
O ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, conversou com manifestantes e recebeu uma carta do MST. Ele informou que na manhã desta quinta a  presidente Dilma Rousseff receberá uma comissão de representantes do movimento.
Manifestante ferido é socorrido (Foto: Isabella Calzolari / G1) 
Manifestante ferido é socorrido (Foto: Isabella
Calzolari / G1)
Embaixada dos EUA
Antes, por volta das 15h30, manifestantes entraram em confronto com a polícia em frente à embaixada dos Estados Unidos. Um policial chegou a apontar uma arma em direção aos manifestantes.
Os policiais fizeram um cordão de isolamento em frente à embaixada, para impedir a aproximação dos manifestantes. O grupo seguiu apenas pela via lateral ao prédio.
Pouco depois das 16h, os manifestantes entraram em confronto com os policiais. Um grupo de sem-terra tentou ultrapassar uma barreira de PMs e houve troca de socos e pontapés.
Alguns manifestantes disseram que houve uso de spray de pimenta. A corporação negou o fato e disse que o movimento transcorria com tranquilidade até que "baderneiros infiltrados" iniciaram a confusão.
Supremo
Por causa da manifestação, a segurança do Supremo retirou os ministros do prédio. A sessão desta quarta do tribunal foi suspensa e posteriormente retomada.
O presidente em exercício da Corte, Ricardo Lewandowski, informou por volta de 16h10 que havia risco de invasão ao tribunal pelo grupo do MST.
"Fui informado agora pela segurança que o tribunal corre o risco de ser invadido", afirmou Lewandowski naquele momento.
Um grupo chegou a derrubar as grades que protegem o tribunal, mas foi barrado pela segurança do Supremo Tribunal Federal.
Militantes do MST na Praça dos Três Poderes se concentram em frente ao prédio do Supremo Tribunal Federal (Foto: Mariana Oliveira / G1) 
Militantes do MST na Praça dos Três Poderes diante do prédio do Supremo Tribunal Federal (Foto: Mariana Oliveira / G1)

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