Explico: de tanto "cozinhar" os políticos com essa história de coalizão de forças sem
apresentar o nome do PMDB ao governo, os partidos perderam a paciência e decidiram tomar rumo.
Esta é a impressão que fica ao constatarmos pelo menos quatro palanques na corrida estadual: PMDB-PSB; PSD-PT; DEM-PTB e PSOL-PSTU.
A ideia da coalizão de forças, nova denominação do tradicional "acordão" das elites políticas, caiu por terra. A união em favor do Rio Grande do Norte, que vive uma crise financeira sem precedentes, esvaziou.
Me parece que a luta pelos projetos pessoais ou de grupos, mais uma vez, deverá prevalecer.
O apressado come cru. O descansado pode queimar a comida. Na cozinha e na vida, vale o conselho: é preciso saber o tempo de cozimento certo de cada item que vai ao fogo.
Digo isto porque desde o ano passado tenho ouvido aliados do deputado federal Henrique Eduardo Alves cobrando o nome do PMDB ao governo.
João Maia, do PR, foi um deles. Agnelo Alves, do PDT, foi outro que cobrou a candidatura do próprio Henrique. Prefeitos do PMDB, políticos do PT, do PSB e demais legendas.
Apesar das cobranças, Henrique Eduardo Alves, presidente da Câmara dos Deputados, maior protagonista do atual momento político, seguiu cozinhando todo mundo.
Quem não sabe o tempo certo de cozimento dos produtos corre o risco de o pirão desandar.
O deputado Henrique Eduardo Alves pode até salvar o pirão no fogo, mas a receita que gostaria de servir ao eleitorado - prato único - mudou bastante.
Em vez de uma feijoada completa com todos os ingredientes (carne seca, orelha e rabo de porco, paio, linguiça portuguesa, costelinha), Henrique deverá enfrentar um festival gastronômico: buchada de bode, carne de sol, frutos do mar, massas variadas, assados, outros cozidos e até pizza.
O eleitor brasileiro gosta de pratos diversos. É bom de boca. E está atento aos pratos que serão servidos na comilança eleitoral.
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