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Pecuaristas do Triângulo Mineiro estão descobrindo os benefícios do resíduo da fabricação de cerveja na alimentação do gado de leite. O que sobra da cevada pode
até ser armazenado em forma de silagem. A cevada apresenta de 21 a 25% de matéria seca e índices entre 23 e 28% de proteína bruta. Estudos feitos na década de 1970 com a substituição total do milho pela cevada foram positivos para aumento no ganho de peso e na produção de leite.
até ser armazenado em forma de silagem. A cevada apresenta de 21 a 25% de matéria seca e índices entre 23 e 28% de proteína bruta. Estudos feitos na década de 1970 com a substituição total do milho pela cevada foram positivos para aumento no ganho de peso e na produção de leite.
Todos os dias, logo pela manhã, o resíduo da cevada é retirado de dentro dos silos da fábrica, que fica em Uberlândia (MG). Depois os caminhões transportadores das empresas seguem para as fazendas da região onde o produto será armazenado. A cevada úmida entra na alimentação do gado como concentrado, substituindo parte da ração.
O alto valor energético e proteico do produto tem chamado a atenção dos produtores de leite. Segundo o gerente da Fazenda Vitória, no município de Monte Alegre, a produção aumentou de forma significativa em menos de um mês de uso.
– Teve aumento de 500 litros em 20 dias e os animais tiveram boa aceitação no cocho, sem nenhuma rejeição. – informa o gerente Agnaldo Vieira.
Para os produtores, o principal argumento favorável ao resíduo da cervejaria é a redução no custo da alimentação do gado: incluindo o frete, o quilo da cevada vale atualmente, na região de Uberlândia, entre R$0,21 e R$0,23, contra R$0,92 da ração. Cada animal come de cinco a dez quilos por dia, dependendo da dieta adotada na fazenda.
Por ser muito úmida, a cevada precisa de uma estratégia própria para ser armazenada. O produto pode ser colocado em silos bolsa ou sobre uma camada de silagem de capim dentro do silo trincheira. A palha absorve o líquido que escorre da massa.
Para propriedades que têm consumo menor, como a do pecuarista Job Carneiro Oliveira, em Itapagipe (MG), a boa opção de armazenagem é outra: Ele fez umas caixas de cimento no chão, como se fossem pequenos silos, e deixa o produto descoberto. Por ser consumido rapidamente, a qualidade é preservada, conforme explica o produtor:
Para propriedades que têm consumo menor, como a do pecuarista Job Carneiro Oliveira, em Itapagipe (MG), a boa opção de armazenagem é outra: Ele fez umas caixas de cimento no chão, como se fossem pequenos silos, e deixa o produto descoberto. Por ser consumido rapidamente, a qualidade é preservada, conforme explica o produtor:
– Estou substituindo a ração e a polpa cítrica na proporção que é possível na dieta. Com isso, abaixo o custo e melhoro a alimentação do gado porque ela é rica em energia e proteína, apesar de ter 30% de massa seca.
De acordo com Osvaldo Pereira Marques, técnico do Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-MG), o uso da cevada tem que ser muito bem planejado, apesar de todas essas vantagens. O criador precisa fazer a adaptação correta na alimentação, introduzindo o produto aos poucos e cuidando para não faltar o alimento no cocho:
– Depois que o animal se acostumou com o produto não pode ter alternância e o produtor deve procurar alguém para fazer o balanceamento da dieta. (Canal Rural)
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