terça-feira, 25 de novembro de 2014

EM SANTANA DO SERIDÓ projeto de reutilização de água do Saneamento Básico mantém plantio de Palma Forrageira

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Reaproveitar água do saneamento era uma ação que muitas pessoas acreditavam praticamente impossível de ser realizado, e foi totalmente o contrário que encontramos no último sábado em
visita a uma aula de campo realizada pela Prefeitura de Santana do Seridó e seus parceiros na realização do projeto “Palmas para Santana”. O Blog do Robson Cabugi, a convite do vice-presidente do SENAR, César Militão e ainda na companhia do produtor rural e funcionário da CAERN, Edimar Lima, foi a cidade de Santana do Seridó, a 180km de Lajes, bem na divisão com o estado da Paraíba, comprovar a realização do projeto.
O prefeito Adriano Gomes, muito receptivo, é um dos idealizadores do projeto que tem como responsável o professor Ivan Junior (professor do IFRN e Zootecnista). A primeira tentativa para o reaproveitamento da água foi para manter as arvores de vias públicas da cidade, para viabilizar o projeto, os recursos não eram o suficiente para levar água até o local.
Em seguida veio a ideia de fazer um plantio de Palmas nas proximidades das bacias do saneamento, o projeto de gestão de recursos hídricos foi apresentado e aprovado pelo Prêmio Mandacaru, uma especie de seleção de projetos sociais realizados pelo Banco do Nordeste do Brasil (BNB). Os recursos, no total de R$ 30 mil foram investidos na aquisição de equipamentos para a montagem física do projeto como você pode ver nas imagens.
O Projeto “Palmas para Santana” têm a realização da Prefeitura através da Secretaria de Agricultura numa parceria com o INSA (Instituto Nacional do Semiárido, IFRN, CAERN e UFRN. Na prática, é firmado uma parceria com o proprietário da terra onde 30% da produção é distribuída para pequenos produtores através de um cadastro realizado pelo próprio município.
Em entrevista ao nosso Blog, o professor Ivan Junior, nos explicou como foi montada a estrutura para reutilização da água que chega as bacias do saneamento. Com uma população de pouco mais de 2.500 habitantes, são recepcionados diariamente cerca de 258 mil litros de água. Todo o processo para limpeza da água se dá através de equipamentos adquiridos, como bombas para o bombeamento da água até um reservatório que em seguida passa por purificadores de areia e de disco, depois a água é distribuído pela tubulação até o plantio das Palmas.
Durante a aula de campo, estiveram presentes o professor Daniel Duarte (professor da UFPB e Pesquisador do INSA), Joseamar Torres (Zootecnista da UFRN), Jucilene Araújo (Pesquisadora do INSA), proprietários de terras da cidade de Santana do Seridó, entre outros participantes também oriundos de municípios da Paraíba que foram conhecer o projeto.
“Depois desta primeira etapa do projeto que foi possível através de recursos do Prêmio Mandacaru, agora estamos estudando a possibilidade de levar adiante através de uma emenda da deputada federal, hoje senadora eleita, Fátima Bezerra, no valor de R$ 250 mil que deverão já nos próximos meses fortalecer e dá mais sustentabilidade ao projeto que tem por objetivo chegar a mais 12 propriedades da região beneficiada.
O vice-presidente do SENAR, César Militão, que foi a Santana do Seridó conhecer a experiência ficou muito entusiasmado com o projeto, ele afirmou a nossa reportagem que irá apresentar ao prefeito Benes Leocádio, em detalhes, esta iniciativa que pode contribuir de forma significativa com questões sociais. “Em  Lajes temos um problema muito sério com as lagoas de captação do saneamento que prejudica muito os moradores do bairro Alto da beleza, caso a Prefeitura de Lajes consiga viabilizar este projeto, será resolvido de vez o problema com o odor que chega a diversas residencias deste bairro”, lembrou Militão.
O Projeto tem um impacto social fora de sério, toda a palma irrigada seve para alimento do gado, trazendo assim um efeito social positivo. Os técnicos nos disseram que todo o processo passar por analises técnicas, estudos de água, solo, plantas e até dos animais que serão alimentados com a palma. “Cada hectare de terra pode alimentar, pelo menos, 36 vacas, ou até 360 caprinos”, lembra o professor Ivan Junior.
 


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