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Um dia usei farda,
camuflagem, cantil e fuzil. Cavei trincheiras, marchei em ordem unida. Prestei
continência, corri em acelerado. Cantei o hino nacional, da bandeira e da
brigada. Tirei guarda, fiz faxina, puxei pernoites. Fiz corridinhas mixurucas
que não davam nem pra cansar. Aprendi sobre honra, retidão, respeito e
confiança e que armas não geram violência
e flores não trazem a paz. E sim, as intenções das mãos que as carregam. Aprendi que devemos respeitar pai e mãe. Que a família é a base da educação. Hoje minha farda não é mais um camuflado. Algumas fotos já amareladas
pelo tempo, me acertam o peito e fazem meus olhos
jorrarem. Minha garganta sufocada por um nó de saudade, me lembra que a minha
missão já foi cumprida. Que minhas batalhas já não são mais em trincheiras. Do
estampido do fuzil nunca me esqueço e ainda sinto o solavanco da chapa da
soleira em meu peito. As noites na guarda, ainda estão nas lembranças e os
amigos de companhia em meu coração. Não uso camuflagem, nem mato minha sede no
cantil, nem presto mais continência e nem ordem unida. Mesmo assim, minha alma
nunca deixará de ser um Soldado.e flores não trazem a paz. E sim, as intenções das mãos que as carregam. Aprendi que devemos respeitar pai e mãe. Que a família é a base da educação. Hoje minha farda não é mais um camuflado. Algumas fotos já amareladas
Homenagem a todos
pelo nosso dia !
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