“Professora, faz tempo que acompanho a sua luta pelas redes sociais e através das entrevistas e matérias jornalísticas. Gostaria de lhe convidar para publicar um artigo semanal em meu Blog sobre o tema que desejar”, nascia o convite generoso do jornalista Marcelo Abdon e assim começou a minha história mais direta com este Blog. Há exatos dois anos escrevi e publiquei o primeiro texto. A ideia sempre foi disseminar temas que defendo
na área de Educação, jogar sementes ao solo, esperançar ser lida pelo menos por uma meia dúzia dos milhares de leitores, talvez apoiada por um ou outro, os mais sensíveis. Desde então, passei a acompanhar o trabalho de Marcelo mais de perto, encantada com a leveza do conteúdo ofertado aos leitores e a variedade da linha editorial adotada, raramente opinativa, não obstante os posicionamentos claros e firmes do blogueiro sobre os mais distintos temas – política, futebol, agronegócio, cotidiano –, explicitados nas suas redes sociais. Talvez na sinceridade, às vezes polêmica, eu tenha encontrado pontos de afinidades. Marcelo é, antes de tudo, autêntico! Hoje, quando o mundo cristão celebra a Páscoa, vivencio um reencontro com a minha própria fé. Há pouco mais de quatro meses aprendo com Marcelo que a fé é algo extraordinário. Ela comove, emociona, move, lança uma pessoa para frente de uma maneira inexplicável. É assim que esse meu amigo enfrenta, com muita força e fé, um câncer de pulmão, no dizer dele “uma doença terrível que eu vou vencer, em nome de Jesus.” Confesso, quando Marcelo me falou da doença fiquei bastante abalada. Pensei: – Nossa, logo Marcelo que sempre posta mensagens de bom dia e boa noite, sempre com o mesmo texto, a desejar saúde e paz para todos? Sim, Marcelo! Ele mesmo! Mas, dizem que Deus só dá o fardo a quem pode carregá-lo. Passado o choque inicial tornei-me ainda mais admiradora do ser humano Marcelo, aquele que, mesmo na dor, se mantem confiante, bem humorado, participando das decisões da família, atento ao mundo, às pessoas, aos fatos do cotidiano. Um bravo! É de uma boniteza sem igual ver Marcelo lutar pela vida, a equilibrar fé em Deus com a esperança no que pode fazer a ciência, por meio da competente equipe médica que o atende. Não é raro ouvi-lo afirmar: “Não preciso ir para São Paulo se aqui tenho Dr. Henrique Fonseca (Oncologista), Dr. Ricardo José Fonseca (Pneumologista), Dr. Cabeto (Carlos Alberto, Cirurgião de Tórax) e Dr. Sérgio Pacheco (Cardiologista).” E ele segue! Nesses tempos, essencialmente, eu e Hélio frequentamos a casa de Marcelo e Kécia; de igual modo eles frequentam a nossa. Sempre que posso corro e visito Marcelo, porque me faz muito bem ser amiga agora, nesse momento, muito mais do que em qualquer outro. Verdadeiramente, ver Marcelo ser tão forte, em ocasião de tamanha adversidade, renova a minha crença na existência de uma força maior, uma força que de pequena me faz grande, a mesma força que ao meu amigo concederá a dádiva da cura. *Professora, especialista em Psicopedagogia, Mestre e Doutora em Educação. Diretora Executiva do Instituto de Desenvolvimento da Educação (IDE) e Coordenadora do “Esquina do Conhecimento, projeto pedagógico da Escola Estadual Manoel Dantas. É articulista de temas relativos à Educação e no ano de 2014 passou a publicar, também, minicontos de amor, crônicas e poemas que são tentativas de incursão pelo universo do texto literário. (educadora@claudiasantarosa.com
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