terça-feira, 19 de junho de 2018

FUNCIONÁRIO DIZ QUE 'SÍTIO ERA DE LULA' - SIGILO TINHA QUE PERMANECER

Funcionário da OAS diz que sítio era de Lula e que obras deveriam permanecer em sigilo

Resultado de imagem para sitio de atibaiaMisael de Jesus Oliveira, encarregado de obras da OAS Empreendimentos, afirmou em depoimento ao juiz Sergio Moro nesta segunda-feira (18) que trabalhou em reformas no sítio de Atibaia (SP) em 2014 e que “desde o começo” foi orientado a manter sigilo sobre os serviços realizados, já que a propriedade seria do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Pediram para a gente manter sigilo, que a gente ia trabalhar no sítio do presidente”, disse.

O funcionário da OAS depôs a Moro como testemunha de defesa de Léo Pinheiro, ex-presidente da empreiteira que, assim como Lula, é réu na ação que investiga se o petista recebeu cerca de R$ 1 milhão das empresas Odebrecht, OAS e Schahin por meio de obras feitas no sítio, que era frequentado por ele e sua família.

O MPF (Ministério Público Federal) diz que a propriedade, registrada em nome de outras pessoas, pertence, na verdade, ao ex-presidente. A defesa nega.

No depoimento, Oliveira disse ser funcionário da OAS desde 2013 e que, em 2014, foi convocado por seu gerente a trabalhar nas reformas no sítio com outros três colegas. Os serviços, segundo ele, foram realizados de março até antes das eleições daquele ano, em outubro.

De acordo com o funcionário, a OAS proibiu o uso de uniformes com o nome da empresa para a realização das obras.

Oliveira relatou ter trabalhado em reformas na cozinha do sítio e na impermeabilização de um lago. Entre material e mão-de-obra, ele estimou que os serviços tenham custado entre R$ 400 e R$ 500 mil.

Segundo Oliveira, todos os materiais necessários para as obras eram comprados em espécie, em seu nome, em depósitos localizados em Atibaia. Os recibos eram então apresentados à OAS, segundo ele.

Questionado por Moro se o procedimento de pagamento em espécie era normal na empresa, o funcionário disse que não. Ele afirmou que em outras obras o material é comprado pela empresa após serem feitas cotações de orçamentos.

Oliveira mencionou ainda um projeto de construção de uma capela no sítio. Ele disse ter entendido que a capela seria construída “assim que passasse a eleição”, “até para ver se a presidente Dilma ia ser reeleita”. O serviço, no entanto, não foi realizado. Questionado, Oliveira não soube dizer o motivo.
UOL
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