Parlamentares e até Secretários Municipais de Lajes já receberam a oferta para ir aos eventos receber a premiação. No caso da Casa Legislativa de Lajes a premiação ofertada pelo Instituto Tiradentes é certificada através do recebimento de um diploma e medalha por serem os parlamentares “mais atuantes” da cidade.
O Blog também teve conhecimento que nunca a Câmara de Lajes financiou a viagem ou pagamento de taxas para os eventos. No caso de secretários, a Prefeitura de Lajes também nunca disponibilizou recursos para a participação de agentes públicos nestes eventos.
SOBRE QUEM FOI ESCOLHIDO COMO MAIS ATUANTE EM LAJES
O Blog do RC trabalhou durante toda a semana questionando a população sobre “quem recebeu ligações do instituto Tiradentes perguntando quem é o parlamentar ou secretário mais atuante da cidade” e ninguém disse ter atendido no seu celular uma ligação com este tipo de pesquisa.
Acontece que qualquer divulgação sobre o assunto não passa de uma fraude, uma mentira daquelas que é anunciada na maior cara de pau.
A REPORTAGEM
Para receber o diploma e medalha de “vereador mais atuante” ou “prefeito mais atuante”, a maioria dos gestores utiliza dinheiro público. No caso da empresa pernambucana, conforme a reportagem do Fantástico, a escolha dos nomes vencedores ocorre após a UBD realizar cerca de dez ligações para moradores da cidade do vereador ou prefeito, conforme explicou Fernando da Cunha, dono do negócio.
Diferente da UBD, onde o evento só é feito para a entrega do prêmio, o Instituto mineiro promove seminários junto com a premiação. De qualquer maneira, para o Ministério Público do Rio Grande do Sul (RS), as palestras são apenas uma forma de maquiar a farsa. Para o procurador-geral de Justiça do RS, Fabiano Dallazesem, não há finalidade pública, apenas promoção pessoal e lucro das empresas.
A pesquisa que o Instituto faz para chegar aos melhores gestores também não é clara. A reportagem mostrou que um chefe de gabinete de uma prefeitura do Rio Grande do Sul havia sido convidado a receber a premiação de vereador mais atuante, porém, no período em que a empresa teria feito ligações para chegar no resultado, ele estava afastado da Câmara.
“A empresa, pelo que vimos, atribui o prêmio em decorrência de uma pesquisa telefônica feita aos eleitores da cidade, que não é comprovada, que não tem documentação de que isso efetivamente aconteceu. Então isso revela a fraude”, concluiu o auditor do Tribunal de Contas do RS, Valtuir Nunes.
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