O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, afirmou ao Broadcast Político/Estadão que a senadora Kátia Abreu, de Tocantins, foi escolhida como vice de Ciro Gomes para a disputa presidencial nas eleições 2018.
A escolha pela chapa pura à Presidência ocorre após
uma semana de seguidos reveses para Ciro. O ex-ministro estava em negociação avançada para compor com o PSB. No entanto, a executiva nacional pessebista acertou com o PT a neutralidade do partido na corrida ao Planalto. Em troca, foram retiradas as candidaturas do ex-prefeito de Belo Horizonte Marcio Lacerda (PSB) ao governo de Minas e da vereadora Marília Arraes (PT), em Pernambuco.
A manobra do PSB teria sido acertada com o consentimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), preso desde 7 de abril em Curitiba, que deseja isolar Ciro no campo da centro-esquerda. No sábado, 4, o pedetista fechou a primeira e até agora única composição partidária da chapa, com o Avante.
Historicamente ligada à bancada ruralista, a senadora foi eleita pelo Estado de Tocantins em 2006, pelo DEM (então PFL). Quando a ex-presidente Dilma Rousseff assumiu o Planalto, em 2011, as duas acabaram se aproximando. Já pelo MDB, em 2014, Kátia foi reeleita para o cargo.
No ano seguinte, foi nomeada ministra da Agricultura. No processo de impeachment de Dilma Rousseff, Kátia se tornou uma das mais ferrenhas defensoras da petista.
O apoio incondicional a Dilma, mesmo após o impeachment, custou à senadora a expulsão do MDB, em 2017. Em março deste ano, ela se filiou ao PDT para disputar a eleição suplementar do governo de Tocantins. Na corrida extemporânea, ela ficou em quarto lugar, com 15,66%. Ela pretendia concorrer novamente ao mesmo cargo em outubro.
Na eleição estadual, Lula enviou carta de apoio à candidatura de Kátia, mesmo sem o PT fazendo parte formalmente da chapa.
Estadão Conteúdo
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Já não gostei a ligação dela com Dilma Rousseff
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