Delegada Gleide Ângelo (PSB) obteve 412 mil votos e prometeu lutar pela mulheres vítimas de violência em Pernambuco. Imagem: Instagram Gleide ÂngeloCampeã de votos para deputada estadual e filiada ao PSB promete lutar pelas mulheres na Assembleia Legislativa de Pernambuco
Candidata a deputada estadual mais votada da história de Pernambuco, com 412 mil votos, Gleide Ângelo (PSB) vendia planos de saúde para pagar o curso de direito antes de alcançar notoriedade local como delegada da Polícia Civil. Aos 52 anos, ela diz que ainda está se acostumando com a vitória esmagadora que a transformou em um fenômeno eleitoral. “Nenhuma pesquisa dizia que eu ia ganhar”.
Dois dias após o resultado das urnas, ela passou o dia cumprindo uma agenda corrida com inúmeros pedidos de entrevistas e convites para eventos, onde invariavelmente foi abordada pelos eleitores e posou para fotos. Conhecida por ser a delegada dos casos notórios do noticiário policial, Gleide agora terá que ter jogo de cintura para conciliar a sua pauta de defesa da mulheres com o delicado papel de parlamentar de destaque da base aliada do governador reeleito Paulo Câmara (PSB). “Isso não vai ser problema. Estou muito surpresa e muito feliz. Já estou com minhas ideias, minha equipe já está montada”, afirmou.
Fortalecer a rede de apoio às mulheres vítimas de violência e dar suporte financeiro ao fundo estadual de segurança pública de Pernambuco serão as principais metas da futura parlamentar de cabelos coloridos. “Digo sempre que não é a melhor candidatura, mas ela é necessária. A gente tem que aprender a ocupar nossos espaços”.
Gleide diz que quer capacitar e criar cooperativas que ofereçam suporte às mulheres ameaçadas no estado, algo que, a rigor, não pode ser feito diretamente por um parlamentar, uma vez que o Legislativo não pode criar leis que gerem custo para o Executivo. Embora reconheça que ainda não tem muita ideia sobre como vai poder aprovar os seus projetos, a delegada diz que ainda terá bastante tempo para analisar caso a caso com sua equipe: “Eu tenho minhas ideias. A gente tem que ver a questão legal, mas só quando chegar lá e procurar adequá-las à legalidade. Pra desconstruir essa cultura machista, eu tenho que conscientizar a sociedade”.
Durante uma entrevista ao vivo à TV Clube, empresa do Sistema Opinião de Comunicação, onde participou do programa Balanço Geral, a futura deputada não quis antecipar se aceitaria um eventual convite para assumir um cargo na Secretaria de Defesa Social. “Não posso dizer agora. Hoje, o que posso dizer é que, no ano que vem, estarei na Assembleia para ser deputada eleita pelo povo”. Questionada sobre quem apoiará no segundo turno para presidente da República, Gleide limitou-se a afirmar que o seu partido, o PSB, está definindo a questão em Brasília.
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