Em
sua primeira visita como senador eleito a uma sessão da Casa em que trabalhará
a partir de 2019, Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) criticou o senador Renan Calheiros
(MDB-AL), afirmando que seu futuro colega está queimando a largada na corrida
pela presidência do Senado e que ele não representa a nova forma de fazer
política que seu pai, o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), quer
implementar.
“Tenho
falado do Renan porque é o único nome que já está colocado de fato, é o que
está se articulando, é o
que está negociando, está assediando alguns senadores
recém-eleitos que ele nem conhece ainda. Acho que ele está queimando a largada,
mas é uma pessoa que certamente não representa isso, essa nova forma de fazer
política. Respeito seu mandato, é um senador eleito, pretendo conversar com
ele, converso com todos, mas para apoiar numa candidatura à presidência (do
Senado) certamente não vai contar com o meu apoio”, afirmou Flávio nesta
terça-feira (4), depois de cumprimentar senadores que estavam no plenário da
Casa.
Apesar
de ter afirmado que seu pai não interferirá nas eleições para o comando do
Legislativo, Flávio disse que o governo apoiará um nome de consenso para a
presidência do Senado.
“Temos
que buscar um nome que seja um consenso dessa nova safra de senadores que está
chegando, bem como que possa fazer um trabalho no Senado com aqueles que já
estão aqui, que vai ser um terço que não participou das eleições deste ano,
para que eles possam representar, de uma forma mais firme, presente e objetiva
os seus estados. O governo vai estar aberto para qualquer demanda republicana e
eu vou estar junto do líder do governo que for escolhido nesse cenário para
auxiliar, para articular também, o resgate da legitimidade do Senado”, disse o
filho de Bolsonaro.
Flávio
descartou ser líder do governo a partir de 2019, mas disse que trabalhará em
parceria com o escolhido.
“Desde
o primeiro momento, coloquei que não achava que era o caso de ser líder do
governo, essa é uma função que tem que ser exercida por alguém que conheça
melhor a Casa. Eu estou chegando agora. Mas certamente, por ser um senador e
ter acesso direto ao presidente [Jair Bolsonaro], aos ministros, eu vou estar
junto com esse líder do governo que for escolhido no consenso para levar as
demandas legítimas dos senadores a quem possa resolvê-las.”
Flávio
Bolsonaro também criticou qualquer possibilidade de aprovação de pautas-bombas
neste ano com efeitos a partir do ano que vem.
“Nosso
governo começa em janeiro do ano que vem. Os senadores têm plena consciência do
que é razoável e do que não é razoável fazer. Criar despesas bilionárias eu
tenho certeza que qualquer cidadão comum, não precisa ser senador, que não é o
caso de fazer nesse momento. E nem criar arapucas e armadilhas com o único
intuito de criar alguma resistência que possa sugerir no próximo governo uma
negociação não-republicana. Não é a nossa forma de fazer política, não será
desse jeito”, disse o senador eleito.
Flávio
disse que pretende manter diálogo com todos os partidos, inclusive os de
oposição, inclusive com o bloco que está sendo articulado pelo PDT.
“Pretendo
ter diálogo e acredito que esta formação de bloco de oposição se dá motivada
por uma desconfiança desta abertura do governo a demandas legítimas do
Parlamento. Com o passar do tempo, vamos trabalhar isso, vamos articular. A
gente só quer acertar. Está todo mundo no mesmo barco. Fazer oposição por ser
oposição apenas, –não é o caso deste bloco, ao menos na palavras– se eles
prejudicarem o governo, vão estar se prejudicando”, afirmou.
Folhapress
Eu acho positivo o que o filho de Bolsonaro falou Renan pra mim e um pustula da pior espécie
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