O
ataque a tiros a crianças numa escola de Suzano (SP), na manhã desta
quarta-feira (13) já faz parte de uma sequência de casos similares no país.
Casos
similares aconteceram em diferentes regiões do país, com atiradores (alunos ou
não) dentro de escolas
abrindo fogo contra estudantes e outras pessoas.
Relembre
abaixo algumas dessas tragédias.
SALVADOR
Em
2002, um jovem de 17 anos matou duas colegas dentro da sala do colégio
particular Sigma, na orla de Salvador, na Bahia, e foi preso em flagrante. À
época, a delegada encarregada do caso afirmou que o revólver calibre.38
utilizado pelo garoto pertencia ao pai, que era perito policial.
O
estudante sacou a arma que trazia dentro da mochila e atirou na estudante
Vanessa Carvalho Batista, que estava sentada ao seu lado. Com um tiro no peito,
a aluna, que cursava a oitava série, morreu na hora.
Após
o disparo, ele caminhou seis metros dentro da sala de aula e também atirou em
outra colega, Natasha Silva Ferreira.
Com
três tiros no peito e na cabeça, a estudante foi socorrida por colegas e
transportada para o Hospital São Rafael, mas não resistiu aos ferimentos e
morreu.
Amigos
das duas estudantes atingidas pelos tiros informaram que o adolescente teria se
revoltado com as colegas por causa de uma gincana. As duas teriam dado nota
dois ao estudante em uma prova que valia cinco pontos. Inconformado com os
critérios, ele teria prometido vingança.
TAIÚVA
Em
janeiro de 2003, em Taiúva (a 363 km de São Paulo), Edmar Aparecido Freitas,
18, ex-aluno da escola estadual Coronel Benedito Ortiz, invadiu o pátio da
instituição, atirou em alunos, professores e funcionários e depois se matou.
Ele utilizou um revólver calibre.38, com o qual fez 15 disparos.
Ele
deixou oito pessoas feridas, entre elas uma professora e o caseiro da escola.
Uma pessoa morreu, e um aluno ficou paraplégico. O crime abalou a cidade de
pouco mais de 5.000 habitantes.
REALENGO
Em
abril de 2011, em Realengo (zona oeste do Rio), doze adolescentes –dez meninas
e dois meninos– morreram no massacre da escola municipal Tasso da Silveira.
Eles foram vítimas de Wellington Menezes de Oliveira, 23, que atirou contra as
vítimas na sala de aula.
Ex-aluno
da escola, Oliveira entrou na escola por volta das 8h30 e disse que buscaria
seu histórico escolar. Depois, afirmou que daria uma palestra e, já em uma sala
de aula, começou a atirar na direção dos alunos. Segundo a polícia, a ação
durou cerca de cinco minutos. Além dos 12 mortos, outras 12 pessoas ficaram
feridas –ao menos quatro em estado grave. Após o ataque, Oliveira cometeu
suicídio.
O
atirador usou dois revólveres e tinha muita munição. Além de colete a prova de
balas, usava cinturão com armamento. Em anotações encontradas pela polícia em
sua casa, o atirador pôs a culpa pelo massacre nos que o humilharam na escola
na adolescência.
“Muitas
vezes, aconteceu comigo de ser agredido por um grupo e todos os que estavam por
perto debochavam, se divertiam com as humilhações que eu sofria sem se importar
com meus sentimentos”, escreveu ele.
PIAUÍ
Em
abril de 2011, um adolescente de 14 anos que se disse vítima de bullying matou
um colega com golpes de faca no interior do Piauí. O caso ocorreu na zona rural
da cidade de Corrente, no extremo sul do Estado.
O
rapaz disse à polícia que era “agredido quase todos os dias física e
verbalmente”. O menino era mais baixo e mais fraco do que o que morreu, que
tinha 15 anos.
O
ataque ocorreu no pátio da escola, quando os alunos esperavam pelo ônibus. Ao
ser hostilizado, o adolescente partiu para cima do colega, desferindo um golpe
na virilha e outro no pescoço. O corte atingiu a veia jugular e a vítima morreu
praticamente na hora.
SÃO
CAETANO DO SUL
Em
setembro de 2011, em São Caetano do Sul (Grande São Paulo), um aluno de 10 anos
de idade que estava no 4º ano atirou na professora Rosileide Queiros de
Oliveira, 38, e depois se matou na escola Professora Alcina Dantas Feijão.
No
momento do disparo, 25 alunos estavam na sala de aula. Em seguida, ele se
retirou da classe e disparou contra sua própria cabeça. Ele usou um revólver
calibre 38 do pai, que era então guarda civil.
A
polícia investigou à época a hipótese de que o garoto sofria bullying e que
isso teria motivado o ataque. A corporação chegou a afirmar que o menino era
manco e sofria gozação dos colegas, mas recuou depois.
JOÃO
PESSOA
Em
abril de 2012, um adolescente de 16 anos atirou em outras três alunas de escola
estadual de Santa Rita (região metropolitana de João Pessoa, na Paraíba). O
objetivo do rapaz era acertar um menino de 15 anos com quem havia discutido
duas vezes.
Ele
efetuou seis disparos com um revólver calibre 38. As adolescentes de 17 anos
tiveram alta nos dias seguintes ao ataque.
Dois
anos depois, no bairro de Mandacaru, na periferia de João Pessoa, um
adolescente de 15 anos deu três tiros na barriga da estudante Maria Beatriz
Souza Santana, 14, que havia sido sua namorada. O ataque aconteceu dentro da
sala de aula da escola municipal Violeta Formiga.
GOIÂNIA
Um
adolescente de 14 anos matou dois colegas e feriu outros quatro, em outubro de
2017, em Goiânia. O jovem utilizou uma pistola .40 da mãe, que assim como o pai
é policial militar. Segundo a Polícia Civil, na época, o adolescente foi
motivado por bullying.
Folha
de São Paulo
Nossa que horror quanto adolescente matando e morrendo também isso e falta de Deus e de perdoar .
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