Parlamento pediu para que ONU investigue morte de Rafael Acosta Arévalo, que teria sido torturado na prisão.
Autoridades venezuelanas confirmaram a morte de um oficial militar detido sob acusação de participar de um suposto plano de "golpe de Estado" que incluiria o assassinato do presidente Nicolás Maduro. Na noite de ontem, o autoproclamado presidente interino da Venezuela , Juan Guaidó , denunciou o falecimento do capitão de corveta Rafael Acosta Arévalo, que teria sido torturado na prisão. As versões oficiais sobre o ocorrido, entretanto, são divergentes.
Na manhã deste domingo, o Parlamento da Venezuela, de maioria opositora, pediu para a ONU investigar a morte de Acosta. Em um comunicado, a Comissão de Política Exterior do Legislativo pediu para a Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, "uma investigação imparcial urgente".
Na semana passada, Bachelet, que é ex-presidente do Chile, visitou durante três dias o país e defendeu a libertação de opositores detidos, que segundo a ONG Foro Penal, chegam a 800.
O documento do Parlamento, cujas ações são consideradas nulas desde que uma Assembleia Constituinte 100% pró-governo assumiu suas funções, também se dirige à Comissão Interamericana de Direitos Humanos e ao Tribunal Penal Internacional.
Os legisladores pedem que a autópsia do corpo seja feita por uma "equipe forense independente internacional", além da "verificação do estado de saúde" de todos militares presos acusados de conspirar contra o governo de Nicolás Maduro. Além de Acosta, outras doze pessoas foram detidas pelo mesmo suposto complô.
Em nota divulgada neste domingo, o Grupo de Lima , composto por 14 países latino-americanos, condenou o assassinato do capitão de corveta, repudiando as "contínuas práticas de detenções arbitrárias e tortura as quais o regime ilegítimo de Nicolás Maduro submete aqueles que considera seus opositores".
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Fonte: O Globo
Foto: Reprodução/Twitter
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