segunda-feira, 7 de outubro de 2019

Policiais civis do RN possuem 3º pior salário do Brasil, mostra levantamento

Agentes reclamam de mudanças no plano de reestruturação, maior celeridade nos processos de promoção/progressão e pagamento de salários atrasados

Assembleia geral da categoria deve deliberar por paralisação 
no Rio Grande do Norte
Os agentes e escrivães da Polícia Civil do Rio Grande do 
Norte têm o terceiro pior salário de todo o Brasil. O piso 
salarial de R$ 3,755 mil só fica à frente do que é pago 
para policiais de São Paulo (R$ 3,743 mil) e do estado do 
Ceará (R$ 3,723 mil).
As informações estão no Ranking Salarial da Polícia Civil 
Brasileira 2019. O estudo foi elaborado pelo Sindicato dos 
Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (SINDPESP) 
com base em dados oficiais colhidos por meio do Portal 
da Transparência, Diário Oficial e Secretarias de Segurança 

Pública de todos os estados da Federação.
A análise do ranking mostra, ainda, que os estados que 
melhor pagam sua polícia não estão entre os que têm o 
maior Produto Interno Bruto (PIB). Um exemplo disso 
é que os agentes e escrivães de São Paulo recebem o 
segundo pior salário do Brasil.
“A exceção, neste ranking, é o Rio Grande do Sul, que 
tem o quarto maior PIB e o quarto melhor salário do 
país. Os outros estados mais bem posicionados no ranking 
salarial não figuram na lista dos cinco que têm a maior 
riqueza. E isso deixa claro que valorizar a carreira policial 
não é uma decisão econômica, mas política”, afirma 
a presidente do SINDPESP, Raquel Kobashi Gallinati.
De acordo com o estudo, o maior piso salarial é pago aos 
policiais civis do estado do Amazonas, ne região Norte. 
Por lá, os agentes e escrivães recebem R$ 9,613 mil.
Com relação ao salário pago aos delegados, ainda de 
acordo com a pesquisa, o Rio Grande do Norte está em 
17º. Os responsáveis pelos distritos policiais potiguares 
têm piso inicial de R$ 15,290 mil. O topo da tabela é 
ocupado pelos delegados do estado do Moto Grosso, 
cujo salário é de R$ 24,451. Na outra extremidade da 
tabela, com vencimento inicial de R$ 9.069 mil, estão os 
delegados do Ceará.
O reajuste salarial para agentes e escrivães é um dos 
temas da assembleia geral da Polícia Civil do Rio Grande 
do Norte. A reunião marcada para esta segunda-feira, 7, 
às 8h, pode definir uma paralisação. Os agentes de 
segurança reclamam de mudanças no plano de 
reestruturação da categoria, maior celeridade nos 
processos de promoção e progressão e pagamento de 
salários atrasados.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Policiais 
Civis do Rio Grande do Norte (Sinpol), Nilton Arruda, o 
Governo do Estado não demonstrou interesse em 
promover promoções e progressões de carreira. “Temos também reivindicações sobre a melhoria da estrutura do trabalho 
dos policiais civis do Rio Grande do Norte”, reclama.
Os policiais têm queixas relacionadas com a demora do 
Estado em realizar a restruturação da carreira dos 
agentes de segurança. Reuniões entre a entidade 
representativa da categoria e a Secretaria Estadual de 
Administração (Sead) foram realizadas ao longo do mês 
de setembro, mas não houve avanço nas discussões. 
“Temos um dos piores salários de todo o país. 
Queremos mais celeridade e menos burocracia 
nas nossas progressões. Esperamos que o projeto lei 
modificando o plano de carreia da Polícia Civil seja 
enviado à Assembleia Legislativa ainda este mês”, finaliza. 
Atualmente, o RN conta efetivo de cerca de 1,39 mil 
policiais civis, segundo dados do Sinpol. A entidade estima 
que o número ideal de agentes deveria ser de 5,15 mil.
 Um déficit de 3,7 mil agentes
.Agora RN
https://aluiziodecarnaubais.blogspot.com

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