Foto:
Reprodução/ Youtube
Uma
das maiores histórias de superação no futebol é de Cafu, reprovado em nove
peneiras e, anos depois, capitão da seleção brasileira campeã mundial. O
atacante Bruno Henrique, do Flamengo, está só começando sua trajetória na
seleção, mas ganhou com folga de Cafu no quesito “portas fechadas”. As
informações são do Yahoo
Esportes.
O
melhor jogador da atualidade no futebol brasileiro já foi rejeitado por quase
20 times no início da carreira. E os vetos não se restringiram a clubes
grandes. Pelo contrário. Seu empresário, Denis Ricardo, evitava pedir emprego
nos times mais ricos de São Paulo e Rio de Janeiro.
Ainda
assim, Bruno Henrique acabou escutando “não” de Santos, Botafogo, Atlético-MG,
Ponte Preta, Guarani, São Caetano, América-MG, Santa Cruz, CRB, CSA, Vitória,
Bahia, Sport, Náutico, América-RN… “Tentei colocá-lo até no Sporting Cristal,
do Peru, onde eu já havia jogado. Mas também não consegui”, relembra Denis, que
começou agenciar a carreira do atacante em 2011.
O
que mais chateava o empresário e o atacante era o fato de os clubes nem darem
oportunidade. A recusa estava quase sempre associada ao detalhe de que Bruno
Henrique não havia feito categoria de base e só surgiu aos 21 anos de idade,
depois de ser campeão, artilheiro e o melhor de um torneio de várzea em Belo
Horizonte.
“Eu
cheguei a sugerir que o América-MG o deixasse treinando sem pagar nada, apenas
para ter a chance de avaliá-lo de perto. Mas nem isso foi possível”, relembra
Denis, referindo-se ao ano de 2013.
Há
quem garanta que o Bruno Henrique passou pela base do Cruzeiro, mas a Raposa
foi só mais um das decepções do hoje goleador. É que, pouco depois da excelente
participação no campeonato amador, Bruno Henrique assinou por um ano com o
Cruzeiro, já sabendo que seria emprestado. A única possibilidade para atuar de
fato no clube seria arrebentar pelo Uberlândia. Ele até foi bem, mas nunca pôde
sequer fazer um treino pelo Cruzeiro ou pisar na sede celeste.
A
única porta que se abriu foi a do Itumbiara, que jogava a segunda divisão do Campeonato
Goiano. E foi alí que as coisas começaram a mudar. O atacante terminou como
vice-artilheiro da competição, com nove gols em 12 jogos, e teve papel
importante no acesso à elite estadual.
Em
seguida, com muito sacrifício, Bruno Henrique foi aceito pelo Goiás. Mas o
Esmeraldino o olhava com enorme desconfiança, tanto que só fechou mediante um
contrato de produtividade, que poderia ser rompido depois de três meses.
“Nem
o Bruno Henrique sabe, mas, no fim do primeiro mês, me ligaram do Goiás para
dizer que eu poderia procurar clube. Porque ele não ficaria por lá”, recorda
Denis, que preferiu não dividir a informação com o atacante, temendo que aquilo
o desestabilizasse. No mês seguinte, o segundo, Bruno Henrique virou titular
absoluto do Goiás e, tempos depois, acabou vendido para o Wolfsburg, da
Alemanha, por € 5,5 milhões.
Família
da bola: Bruno Henrique não é o único jogador da família. Juninho, irmão um ano
mais velho que o atacante, até hoje faz sucesso na várzea mineira e carrega o
apelido de Juninho Neymar.
Bruno
Henrique e Juninho chegaram a jogar juntos no Uberlândia, em um episódio que
mostra a importância que o flamenguista dá a seus familiares. “O Bruno jogava
no Uberlândia e o Juninho, no Araxá. O Bruno então pediu a contratação do irmão
e ouviu que o Uberlândia não tinha dinheiro. Foi aí que o Bruno decidiu dividir
o seu salário com o irmão”, conta Denis.
A
falta de persistência e o fato de ter virado pai precocemente acabaram
distanciando Juninho do sonho de jogar profissionalmente.
Além
do irmão e do empresário, Bruno Henrique teve em sua esposa, Giselen, um eterno
porto seguro. Eles se conheceram ainda na adolescência, pois moravam no mesmo
bairro. Acabaram virando namorados, noivos e se casaram em 27 de março de 2015
– é por causa da data que Bruno Henrique optou pela camisa 27 no Flamengo.
Giselen
esteve ao lado de Bruno Henrique em todos os momentos de dificuldade e nunca
permitiu que ele pensasse em desistir. Nem no período em que o casal era
obrigado a pular refeições, para que não faltasse comida no fim do mês.
“A
parceria entre eles é tão grande que ele quase sempre exigiu que o clube desse
moradia, para ter a chance de estar com a esposa”, completa o empresário. Por
falar em porto seguro, também é preciso citar seu Genésio, avô materno do
atacante. Ele sempre acreditou em “Bruninho”, como o menino magro e alto era
conhecido.
Yahoo
Esportes
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