Foto: Alex Silva/Estadão Conteúdo
O Ministério Público Federal em São Paulo
denunciou Lula e Guilherme Boulos pela invasão do tríplex do Guarujá (SP), em
16 de abril de 2018, por um grupo ligado ao MTST.
“Se
é do Lula, é nosso”, dizia uma das faixas estendidas na varada do imóvel dado
pela OAS ao petista, que foi condenado por corrupção e lavagem de dinheiro.
Lula,
Boulos e outras três pessoas foram enquadrados pelo MPF no artigo 346 do Código
Penal, que estabelece como crime tirar, suprimir, destruir ou danificar coisa
própria, que se acha em poder de terceiro por determinação judicial – na
ocasião, o imóvel bloqueado pela Justiça.
A
pena prevista é de seis meses a dois anos de prisão.
Lula
é apontado como incentivador da ocupação porque, em janeiro de 2018, fez um
discurso na Praça da República, em São Paulo, logo após ter a condenação no
processo que envolve o tríplex confirmada na segunda instância.
Na
época, ele disse que tinha sido condenado por um “desgraçado de um apartamento
que eu não tenho”. E afirmou que já tinha pedido “para o Guilherme Boulos
[líder do MTST] mandar o pessoal dele ocupar” o imóvel.
Dias
depois, cerca de 30 integrantes do MTST invadiram o Condomínio Solaris e
entraram no apartamento, permanecendo por mais de duas horas. Só deixaram o
local após acordo com a PM.
Procurada,
a defesa de Lula não quis se manifestar.
O
Antagonista
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