Operação da Polícia Civil afasta 5 servidores do Detran
por suspeita de corrupção
Cinco servidores do Departamento Estadual de Trânsito
do Rio Grande do Norte (Detran-RN) foram afastados na
Operação “Pecúnia Doc”, da Polícia Civil, que investiga a
prática de corrupção dentro do órgão estadual.
Quatro despachantes também são alvos da ação. Uma
pessoa acabou presa em flagrante, durante o
cumprimento dos mandados, por posse ilegal de arma de
fogo.
A operação foi realizada pela Delegacia Especializada de
Defesa do Patrimônio Público e do Combate à
Corrupção (Deccor). De acordo com a delegada Karla
Viviane, os envolvidos cobraram valores variados, de até
de R$ 1 mil reais, dos usuários, para antecipar as
vistorias nos veículos, para que os servidores “não
notassem” alguma irregularidade, ou até mesmo
aprovar veículos que sequer estavam no estado.
Ainda de acordo com a Polícia Civil, os crimes eram
realizados há vários anos e ainda não é possível dizer
o volume de dinheiro movimentado pelas práticas de
corrupção. Os casos descobertos teriam acontecido
na sede do órgão, em Natal, e no Shopping Via Direta,
onde o Detran também realiza atendimentos.
As investigações começaram após informações
repassadas pela própria direção do órgão à polícia.
Entre outros crimes, os investigados deverão
responder por corrupção ativa e passiva.
Em nota, o Detran que as investigações foram iniciadas
há cerca de 1 ano, quando o órgão identificou
indícios de irregularidades, acionando a Polícia
Civil e fornecendo todo o aparato de
informações e documentações solicitadas pela
Justiça e pela Polícia Civil.
“Ressaltamos que a Decisão Judicial expedida ao Detran
na data de hoje (07), determinando o afastamento das
funções de dois servidores efetivos do Detran, dois
servidores cedidos e um comissionado (Já exonerado
do cargo em janeiro deste ano, devido a
suspeitas de irregularidades), foram cumpridas de
imediato pela Direção do Detran”.
O órgão também afirmou que bloqueou o
credenciamento de dois despachantes apontados pela investigação, inclusive determinando a proibição da
entrada de ambos nas dependências do órgão, “sendo essa última medida aplicada a outros três ‘atravessadores’
(que se passam por despachantes)”.
Por G1-RN
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