terça-feira, 18 de agosto de 2020

Viajando no barco da saudade

 Autor: JOÃO BOSCO DA SILVA

É bom lembrar de Chico Preto indo buscar as panelas de Dona Elvira e a carona que nós pegávamos com ele e o seu carro de empurrar, descendo a ladeira do Rio Gaspar Lopes!
De Seu Chico Matias, esposo da beata Marta,vendendo pão nas portas!
E Manoel Paieta vendendo gelé de coco,toda tarde!
E Chico Danta e Zé Saburá organizando a feira!
E a velha esposa do preso,vendendo leite nas portas!
E Seu Luís Balbino, passando o jogo do Bicho,nas fazendas
E José Sobrinho impecável, todas manhas indo abrir o seu valoroso comércio, ladeado de Walfredo Tavares e João Fantês e Deilton!
E Petronila vendendo guloseimas na estação toda madrugada!
E o ônibus da Cabral apitando com aquelas fortes cornetas todas as tardes
E Manoelzinho de Agostinho carregando água, o dia todo, do açude para abastecer às casa!
E seu Neco, ladeado de Antônio Clementino vendo o Vasco jogar bem!
E a rapaziada vendo uma partida de sinuca entre, Chiquinho de Agostinho,José Soares e Itajubá!
E a Seara toda noite, e frente à casa de Luís Câmara
E as anedotas de Tio Eugênio nas noites de Lua, na rua da estação!
E as curas de Chico Abaixado, de branco e de joelhos!
E a disposição de João de Barros e Chico Coleta
E a capacidade autodidata de Luís Tomé!
E O foco comercial de Joaquim Inácio
E as costureiras, , noite adentro trabalhando para ajudar na renda familiar
E a Casa paroquial, berço da cultura, de gerações!

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