Entre os países do G20 – o grupo dos mais ricos do planeta – o Brasil é o quarto com a maior inflação, sendo superado por Turquia, Argentina e Rússia segundo um relatório divulgado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). E isto impacta diretamente no bolso do potiguar na hora de ir às compras. Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Natal teve a maior variação de preços nos itens da cesta básica em 2022: 15,53%. Outras cidades nordestinas como Aracaju (15,03%), Recife (15,02%) e João Pessoa (14,86%) também foram destaques negativos.
Em junho, a capital do RN teve a segunda maior alta do País (4,33%) atrás apenas de Fortaleza (4,51%). Ao menos oito cidades, no entanto, seguiram caminho contrário no sexto mês de 2022. As três da região Sul – Porto Alegre (-1,90%), Curitiba (-1,74%) e Florianópolis (-1,51%) – tiveram números mais relevantes.
Mas voltando à realidade do potiguar, o Dieese não foi o único instituto a registrar aumento nos itens que compõem a cesta básica. Segundo o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da cidade do Natal, feito pela Coordenadoria de Estudos Socioeconômicos (CES) vinculada ao Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (Idema), a cesta básica ficou mais cara em junho em Natal.
Segundo o estudo, o IPC foi elevado em 0,74% em relação ao mês anterior. Com este resultado, a variação no ano ficou em 5,39%, nos últimos doze meses (julho/2021 a junho/2022) atingiu 10,74% e 606,20% desde o início do Plano Real. O levantamento divulgado ontem aponta que no sexto mês do ano os itens ficaram 2,88% mais caros quando comparados ao mês de maio. O grupo Alimentação e Bebidas, que responde por 32,43% do índice geral em termos de participação no orçamento familiar, apresentou uma variação positiva de 1,46% em relação ao mês anterior.
Os itens que mais contribuíram para esse aumento de preços foram: Óleos e Gorduras (5,21%), Cereais, Leguminosas e Oleaginosas (5,19%), Enlatados e Conservas (4,54%), Frutas (3,64%), Panificados (3,59%) e Sal e Condimentos (2,58%). Já o grupo Transporte apresentou uma variação positiva de 1,01%. Os itens que mais contribuíram para esse aumento de preços foram: Combustíveis (Veículos) (1,61%), Transporte Público (1,08%) e Veículo Próprio (0,65%).
O setor de Saúde e Cuidados Pessoais apresentou neste período uma variação positiva de 0,86% em função dos aumentos de preços nos seguintes itens: Plano de Saúde (17,51%), Óculos e Lentes (0,59%) e Higiene Pessoal (0,28%).
CUSTO
Nas despesas com os produtos essenciais, o custo com a Alimentação por pessoa foi de R$ 538,28. Para uma família constituída por quatro pessoas, esse valor alcançou R$ 2.153,12. Se a essa quantia fossem adicionados os gastos com Vestuário, Despesas Pessoais, Transportes e outras mais, o dispêndio total seria de R$ 6.639,41.
Dos treze produtos que compõem a Cesta Básica, nove tiveram variação positiva: Leite (12,53%), Frutas (7,01%), Margarina (6,20%), Feijão (5,24%), Pão (5,24%), Arroz (2,24%), Tubérculos (2,20%), Café (2,09%) e Carne de Boi (0,72%). As variações negativas ocorreram em quatro produtos restantes: Farinha (–1,44%), Legumes (–1,41%), Óleo (–1,18%) e Açúcar (–0,19%), finaliza o boletim do Índice de Preços ao Consumidor elaborado pelo Idema no sexto mês deste ano.
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