Um advogado acusado de transmitir recados entre membros de uma facção do Rio Grande do Norte foi condenado a uma pena de 4 anos e 9 meses de reclusão, além de multa, pelo crime de organização criminosa armada. A sentença foi publicada na tarde de quarta-feira (22).
O homem foi denunciado pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte após ter sido preso na operação Carteiras, deflagrada no ano passado. Segundo as investigações, ele transmitia bilhetes e “salves” entre integrantes de uma facção criminosa que atua dentro e fora de unidades prisionais.
Outra advogada que também foi alvo da operação foi condenada no último dia 15 de março pelo mesmo tipo de crime.
Além de repassar os recados e salves, o MP disse que ele também oferecia “consultoria” para assuntos ligados aos faccionados, para o funcionamento e a manutenção da organização criminosa.
Um bilhete apreendido com ele também comprova a ligação entre a organização criminosa do RN e uma facção baseada no Rio de Janeiro. Nessa mensagem aos criminosos potiguares, os faccionados fluminenses cobravam mais rigor no cometimento de crimes e no controle dos integrantes.
Carteiras
A operação Carteiras cumpriu seis mandados de prisão preventiva e outros quatro, de busca e apreensão, nas cidades de Natal, Parnamirim, Extremoz, Nísia Floresta. Os mandados foram cumpridos nas residências dos advogados, em um escritório de advocacia e ainda nas penitenciárias estaduais de Alcaçuz e Rogério Coutinho Madruga.
Na semana passada, outra advogada presa na operação Carteiras foi condenada. Ela teve a pena fixada em quatro anos, nove meses e cinco dias de reclusão e 16 dias-multa, considerando o dia multa equivalente a 1/30 do salário-mínimo em vigor ao tempo do fato. Ela deverá inicialmente cumprir a pena de reclusão em regime semiaberto.
Além dela, dois presos também receberam condenações. Os três trocavam mensagens através de bilhetes e conversas pessoais, estabelecendo a comunicação dos chefes da organização criminosa com outros integrantes que estão nas ruas.
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