Fernanda Zauli, O Poti
Ele percorre as estradas de todo o país sozinho. São mais de 200 cidades diferentes e muitos quilômetros de estrada. É ele quem dirige e cuida da "casa". As refeições são feitas nos restaurantes da estrada e o banho nos postos de gasolina. "Já estou acostumado a tomar banho em oito minutos porque na maioria dos postos você compra uma ficha e tem direito a esse tempo para o banho", conta.
Se engana quem pensa que o padre se sente sozinho por viver na estrada. "Eu converso com muita gente, tenho conhecidos pelo Brasil inteiro. Tem muita gente que não vive viajando e é muito mais solitário que eu, que só conversa com as pessoas pelo computador. Eu prefiro conversar com um borracheiro, com um frentista. Eu gosto de viajar, gosto de dirigir, isso não é um problema para mim".
Todas as despesas da viagem, como manutenção do caminhão, alimentação, gasolina, são pagas com o dinheiro das ofertas dos fiéis. "Nós não cobramos nada, cada um dá o que pode dar, mas tem muito dono de posto que ajuda, dá a gasolina, outros dão as refeições, e assim a gente vai seguindo", diz o padre. O roteiro com a programação das missas dos motoristas é organizado a partir de pedidos feitos pelos proprietários ou gerentes dos estabelecimentos rodoviários e são programados com até um ano de antecedência.
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