quinta-feira, 24 de abril de 2014

As cobras do bem e do mal na caatinga nordestina

 Entre as serpentes da caatinga, nenhuma é mais temida do que a cascavel (Crotalus durrissus terrifucus). Essa serpente tem uma fama terrível entre os moradores da caatinga, sendo conhecida como a cobra da morte, pois nada escapa a sua picada. A cascavel mata animais e pessoas que não conseguem chegar até cidade para tomar o soro antiofídico. A cascavel tem uma característica marcante que é o barulho do seu chocalho na cauda. Se os animais e as pessoas conseguirem ouvir o barulho a tempo podem evitar sua picada. Normalmente ela aciona esse mecanismo quando sente a presença de algo que causa ameaça para ela. Há informações que quanto mais jovens, mais perigosa é a cobra cascavel.


 Cascavel em posição de ataque
Cascavel contida por agricultor


Por outro lado, a salamanta (Epicrates cenchria assisi) também conhecida como cobra de veado ou jiboia é uma bela espécie que povoa a caatinga e não é tão temida pela população. A salamanta é uma das serpentes mais encontradas nas caatingas do Nordeste. Algumas podem alcançar até 5 metros de comprimento. Sua alimentação é composta de pequenos mamíferos, aves e repteis. Embora seu habitat preferido seja a  floresta úmida, a savana, os mangais, a salamanta é encontrada nas áreas  mais secas da caatinga. Este animal não causa risco para os agricultores, contudo pode atacar as criações de galinhas e os caprinos recém nascidos. Quando pega uma presa como um filhote de caprino ou ovino, a salamanta se enrola nela e aperta o animal, até que ele cessa todos os movimentos e engole o animal inteiro.

 Salamanta na caatinga
Salamanta chegando a uma planta de imbuzeiro

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