segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Marina vira alvo principal; PT já culpa Dilma por eventual derrota

Postado por: DANIELA MARTINS 
O tema do comentário no “Jornal da CBN” foi a expectativa em torno do debate entre os presidenciáveis que acontecerá hoje, no canal SBT. É o primeiro debate depois do resultado da pesquisa Datafolha que revelou empate entre Marina Silva (PSB) e Dilma Rousseff (PT). O esperado é que PT e PSDB subam o tom em relação à candidata do PSB.

Pela regra do debate, Dilma será a primeira a perguntar. Provavelmente, questionará Marina sobre seu programa de governo e desemprego. No debate anterior, ela preferiu confrontar Aécio Neves (PSDB). Mas agora precisará enfrentar Marina Silva. 
O mesmo terá que fazer Aécio. Ele tem dito que é mais capaz de fazer as mudanças necessárias e que o eleitorado poderá se decepcionar com Marina. Seu vice, Aloysio Nunes, disse que Marina usa uma “identidade postiça” para “esconder a imagem de sectarismo que sempre a caracterizou” e que fala “bobagens” sobre os transgênicos.
Aécio está em situação mais difícil. É improvável que chegue ao segundo turno. Nos bastidores, parte do PSDB já fala em apoiar Marina numa segunda etapa e em um eventual governo. No PT, já se escuta que uma derrota seria inteiramente creditada à presidente Dilma Rousseff. Ela é criticada pela arrogância, por não ter tratado bem os aliados políticos e pela resistência em aceitar conselhos para corrigir a política econômica. Também é acusada de ter cometido erro grave ao forçar a saída de Eduardo Campos da base do governo em 2003.
Petistas e tucanos subestimaram a ex-senadora. Agora se dão conta de que ela virou a favorita e que, se não a atacarem, ela poderá ganhar a eleição.
Outro tema comentado foi a informação publicada pela Folha de S. Paulo de que Marina Silva ganhou 1,6 milhão de reais em três anos fazendo palestras. Ela não quis revelar a identidade dos clientes. Não há problema nenhum em fazer palestras para obter renda. Marina já havia deixado o Senado e disputado a Presidência da República em 2010. A comparação com o caso do ex-ministro Antonio Palocci é indevida. Fazer palestra é bem diferente de dar consultoria. A semelhança é que ambos, Marina e Palocci, optaram por não revelar a identidade dos clientes. Apesar da lei assegurar a confidencialidade, Marina deveria tornar públicos os nomes dos clientes que a contrataram. É uma questão de transparência que combina com o discurso de nova política que ela propõe. 

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