AI QUE SAUDADE ME DÁ

Hoje me bateu uma saudade grande do meu velho  pai. Nossa mente grava  os melhores e os piores momentos da nossa vida. Lembro-me que Agtonio chegou no comércio em um sábado ao meio dia e disse: Vamos para Natal, painho piorou. Neste momento tomado pela emoção ele  disse: Fernando perdemos nosso pai. Nisso o mundo desmoronou. Não tive reação. Fui louco pelo pai, mas nos últimos anos vinha debatendo com ele a forma dele viver. O pior é que é um filme sem volta. Ninguém dar a chance de sentirmos  por experiência para depois vir o real. Se eu tivesse tido esta chance,  este direito eu poderia  ter-lhe compreendido mais.  Visse que mesmo  fazendo o que eu não achava correto mas como era para ele ser feliz tivesse suportado em silencio. Talvez dos seus filhos eu tenha ate hoje sofrido mais em silencio. Sentimento da

perda, sentimento de não ter lhe compreendido, sentimento por querer pelo meu egoísmo interromper sua felicidade. Sei que muitas vezes lhe magoei. Apesar de ser um homem de uma valentia impar, era humilde. A gente discutia e quando nos encontrávamos ele dizia: Nandinho como vai? Quer isso, quer aquilo? Todos que conviveram com ele sabem que era de um inteligência rara. Grande orador em politica, raciocínio rápido, excelente motorista, exímio atirador, um dos melhores em sinuca em Pedro Avelino, bom jogador de Futebol, homem de um coração dividido em dois: para os amigos e humildes um coração de papel para os inimigos  dizia que não tinha coração e sim moela. Faço este relato para mostrar que ele  tudo que se propôs a fazer na vida procurou fazer o melhor. Só quem conviveu com ele sabe o destemor que tinha. A se me fosse dado a chance de te reencontrar. Mas quem sabe na outra vida tenho certeza que irei a sua procura.