terça-feira, 7 de agosto de 2018

Em nota, promotor Marcellus Ugiette se diz tranquilo e jura inocência

No texto, Marcellus se põe à disposição da Corregedoria do Ministério Público e diz que seu sigilo bancário e fiscal estão disponíveis para a Justiça.

Por: Redação OP9
O promotor é acusado de integrar uma quadrilha de estelionato suspeita de cometer crimes em Pernambuco, Alagoas e Rio Grande do Norte. Foto: TV Clube/Reprodução
O promotor Marcellus Ugiette é acusado de integrar uma quadrilha de estelionato suspeita de cometer crimes em Pernambuco, Alagoas e Rio Grande do Norte. Foto: TV Clube/Reprodução
O promotor da Vara de Execuções Penais Marcellus Ugiette divulgou nota nesta terça-feira (7) em que afirma ser inocente das acusações de integrar uma quadrilha de estelionato suspeita de cometer crimes em Pernambuco, Alagoas e Rio Grande do Norte. Na nota, Marcellus se põe
à disposição da Corregedoria do Ministério Público e diz que seu sigilo bancário e fiscal estão disponíveis para a Justiça.
“Tenho certeza que o MP saberá conduzir as investigações com a maior transparência possível e nada tenho a temer, muito pelo contrário. Quero ir até o fim para mostrar que nada tenho a ver com as ilações apresentadas”, declara o promotor. Ele é suspeito de beneficiar o grupo criminoso ao juntar alguns integrantes da quadrilha na mesma unidade prisional, a pedido dos advogados, que também seriam integrantes do bando.
Abaixo você confere a nota na íntegra
“Foi com a mais absoluta perplexidade que recebi a informação de que estou sendo investigado por suposto envolvimento na transferência de presos e recebimentos de ‘presentes’. Mais surpresa ainda quando, ainda na sexta-feira, notícias da busca e apreensão que sofri em minha residência já estavam circulando em Portugal sem o meu prévio conhecimento numa ação feita por aqueles que querem manchar meu nome certamente por terem algum interesse contrariado
Tenho o maior apreço pela instituição do MP onde atuo desde 1987 sempre dos padrões de ética, respeito aos direitos humanos, e a legalidade que sempre permeou a vida pública. Estou totalmente a disposição da Corregedoria do MP e coloco meu sigilo bancário e fiscal a disposição da justiça. Agradeço as centenas de mensagens e manifestações de carinho que tenho recebido de todos através de mensagens, telefonemas, e depoimento nas redes sociais
Tenho certeza ainda que o MP saberá conduzir as investigações com a maior transparência possível e nada tenho a temer, muito pelo contrário. Quero ir até o fim para mostrar que nada tenho a ver com as ilações apresentadas. Estou certo que ao final de tudo serei inocentado dessas graves acusações que, desde agora, repilo de forma veemente pois como promotor público não posso deixar de acreditar na justiça.
Atenciosamente,
Marcellus Ugiette”
Relembre o caso
A Polícia Civil deflagrou uma operação na manhã da última sexta-feira (3) para desarticular uma quadrilha sediada em Pernambuco especializada nos crimes de lavagem de capital, furto qualificado, estelionato, corrupção ativa e passiva, e advocacia administrativa — quando um funcionário público atua defendendo interesses de terceiros. A maior parte das vítimas da quadrilha é idosa. Dois mandados foram cumpridos em outros estados: um em Natal, no Rio Grande do Norte, e outro em Rio Largo, em Alagoas.
A Operação Ponto Cego, como foi batizada, cumpriu 19 mandados de prisão preventiva e 16 de busca e apreensão domiciliar. Dois dos suspeitos já cumprem pena por condenações em outros crimes. De acordo com a Polícia Civil, a organização criminosa já era investigada desde janeiro deste ano.
Um dos alvos da ação policial foi o promotor Marcellus Ugiette. Em entrevista coletiva, o procurador e coordenador do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), Ricardo Lapenda, explicou como Ugiette agia em privilégio da quadrilha, usando do cargo de promotor de Execuções Penais para reunir o grupo na mesma unidade prisional. “Encontramos elementos suficientes que poderia haver corrupção passiva. De certa forma ele passou a colaborar através dos pedidos dos advogados da organização criminosa. Ele passou a auxiliar alguns pedidos como transferências de um presídio para o outro. Então, os elementos permaneciam juntos e isso foi com interferência dele. Ele é promotor de Execuções Penais e em função da natureza do trabalho dele é que ele conseguia agir favorecendo os presos”, disse Lapenda.

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