quarta-feira, 1 de agosto de 2018

Pai de médico assassinado chega ao Recife e será ouvido pela polícia

Após depoimento, Francisco Ferreira da Silva, 79, irá acompanhar as

Francisco Ferreira da Silva, pai do médico cardiologista Denirson Paes da Silva, disse que falava diariamente com o filho e que estranhou o sumiço dele. Foto: Reprodução/Facebook
Francisco Ferreira da Silva, pai do médico cardiologista Denirson Paes da Silva, disse que falava diariamente com o filho e que estranhou o sumiço dele. Foto: Reprodução/Facebook
Quatro dias após sepultar o corpo do cardiologista Denirson Paes da Silva, 54 anos, em Campo Alegre de
Lourdes, na Bahia, o pai do médico Francisco Ferreira da Silva, 79, desembarca no Recife nesta quarta-feira (1) e será ouvido pela Polícia Civil. Ele estará acompanhado do neto Daniel Paes, 20, e deverá dar mais detalhes sobre a vida de Denirson.
O depoimento foi combinado, por telefone, com a delegada de Camaragibe, Carmen Lúcia, responsável pelo caso. O encontro será agendado nos próximos dias. Com o intuito de acompanhar as investigações, o aposentado Francisco Ferreira passará uma temporada no apartamento de Dernison, em Aldeia, onde Daniel Paes passou a morar após o pai ser encontrado esquartejado e possivelmente carbonizado na cacimba de casa, em Aldeia, no último dia 4 de julho. A esposa do cardiologista, Jussara Rodrigues Paes da Silva, 54, e o filho mais velho, Danilo Paes, 23, estão presos suspeitos de matar o médico.
“Ficarei aqui o tempo que for preciso. Daniel morará no apartamento com a senhora que cuida da casa desde que ele era criança e eu vou dar o suporte. Vou ajudá-lo a encontrar seu caminho depois desse crime bárbaro. Também vou ajudá-lo a fazer o inventário”, contou Francisco Ferreira. A divisão do espólio deverá ser feita após a conclusão do caso. Em nota, a Polícia Civil informou que não divulgará detalhes sobre a investigação já que ela ainda está em andamento. O inquérito tem prazo de conclusão para esta sexta-feira, mas esse prazo pode ser prorrogado.
Questionado se irá visitar Jussara, na Colônia Penal do Bom Pastor, na Iputinga, e Danilo, no
Centro de Observação Criminológica e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, o aposentado foi categórico ao dizer que não. Na semana passada, a irmã de Denirson, Cleonice Paes, prestou depoimento na delegacia e chegou a chamar Jussara de serpente. Segundo ela, a cunhada tratava mal alguns membros da família. “Paramos de visitar ele (Dernirson) em Aldeia por causa dela”, revelou Cleonice.
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