Em
seu discurso inicial no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, o
presidente Jair Bolsonaro disse nesta terça-feira (22) que “o Brasil ainda é
uma economia relativamente fechada ao comercio internacional, e abri-la é um
compromisso desse governo”.
A
fala inicial de Bolsonaro durou menos de dez minutos.
Nela, Bolsonaro também falou sobre a necessidade de “diminuir a carga tributária, simplificar as normas, facilitando a vida de quem deseja produzir, empreender e criar empregos”.
Nela, Bolsonaro também falou sobre a necessidade de “diminuir a carga tributária, simplificar as normas, facilitando a vida de quem deseja produzir, empreender e criar empregos”.
“Gozamos
de credibilidade para fazer as reformas que precisamos e que o mundo espera de
todos nós”, disse o presidente à plateia, composta em boa parte por políticos e
investidores.
Em
seguida, o presidente brasileiro foi questionado pelo presidente do Fórum
Econômico Mundial, Klaus Schwab, sobre temas como primeiros passos das reformas
econômicas, corrupção, sustentabilidade e integração da América Latina.
Ele
disse que o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, também
presente no evento, “tem todos os meios para seguir o dinheiro no combate à
corrupção e ao crime organizado”, além de defender melhorias e mudanças na
atual legislação.
Schwab
pediu que Bolsonaro compartilhasse “detalhes sobre a agenda de
sustentabilidade” do Brasil.
O
presidente argumentou que “o meio ambiente tem que estar casado com o
desenvolvimento”.
“A
parte da agricultura ocupa menos de 9% do território nacional, a pecuária,
aproximadamente 10%. Hoje, 30% do Brasil são florestas. Então, nós damos
exemplo para todo mundo.”
Bolsonaro
acrescentou que o Brasil procurar estar “sintonizado” com o mundo nas metas de
redução de carbono.
Sobre
a integração com os vizinhos sul-americanos, o presidente brasileiro voltou a
defender “aperfeiçoamentos” no Mercosul, além de criticar o que chamou de “América
bolivariana”.
“Estamos
preocupados em fazer uma América do Sul grande, que cada país mantenha sua
hegemonia local. Não queremos uma América bolivariana, como há pouco existia no
Brasil em governos anteriores. Essa forma de interagir vem contagiando esses
países da América do Sul e mais mais gente de centro e centro-direita tem se
elegido presidente. Creio que isso seja uma resposta de que a esquerda não
prevalecerá nessa região.”
Leia
a íntegra do discurso de Bolsonaro no Fórum Econômico Mundial:
Boa
tarde a todos!
Muito
obrigado, professor Schwab!
Agradeço,
antes de mais nada, o convite para participar deste fórum e a oportunidade de
falar a um público tão distinto.
Agradeço
também a honra de me dirigir aos senhores já na abertura desta sessão plenária.
Esta
é a primeira viagem internacional que realizo após minha eleição, prova da
importância que atribuo às pautas que este fórum tem promovido e priorizado.
Esta
viagem também é para mim uma grande oportunidade de mostrar para o mundo o
momento único em que vivemos em meu país e para apresentar a todos o novo
Brasil que estamos construindo.
Nas
eleições, gastando menos de 1 milhão de dólares e com 8 segundos de tempo de
televisão, sendo injustamente atacado a todo tempo, conseguimos a vitória.
Assumi
o Brasil em uma profunda crise ética, moral e econômica.
Temos
o compromisso de mudar nossa história.
Pela
primeira vez no Brasil um presidente montou uma equipe de ministros
qualificados. Honrando o compromisso de campanha, não aceitando ingerências
político-partidárias que, no passado, apenas geraram ineficiência do Estado e
corrupção.
Gozamos
de credibilidade para fazer as reformas de que precisamos e que o mundo espera
de nós.
Aqui
entre nós, meu ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, o homem
certo para o combate à corrupção e o combate à lavagem de dinheiro.
Vamos
investir pesado na segurança para que vocês nos visitem com suas famílias, pois
somos um dos primeiros países em belezas naturais, mas não estamos entre os 40
destinos turísticos mais visitados do mundo. Conheçam a nossa Amazônia, nossas
praias, nossas cidades e nosso Pantanal. O Brasil é um paraíso, mas ainda é
pouco conhecido!
Somos
o país que mais preserva o meio ambiente. Nenhum outro país do mundo tem tantas
florestas como nós. A agricultura se faz presente em apenas 9% do nosso
território e cresce graças a sua tecnologia e à competência do produtor rural.
Menos de 20% do nosso solo é dedicado à pecuária. Essas commodities, em grande
parte, garantem superávit em nossa balança comercial e alimentam boa parte do
mundo.
Nossa
missão agora é avançar na compatibilização entre a preservação do meio ambiente
e da biodiversidade com o necessário desenvolvimento econômico, lembrando que
são interdependentes e indissociáveis.
Os
setores que nos criticam têm, na verdade, muito o que aprender conosco.
Queremos
governar pelo exemplo e que o mundo restabeleça a confiança que sempre teve em
nós.
Vamos
diminuir a carga tributária, simplificar as normas, facilitando a vida de quem
deseja produzir, empreender, investir e gerar empregos.
Trabalharemos
pela estabilidade macroeconômica, respeitando os contratos, privatizando e
equilibrando as contas públicas.
O
Brasil ainda é uma economia relativamente fechada ao comércio internacional, e
mudar essa condição é um dos maiores compromissos deste Governo.
Tenham
certeza de que, até o final do meu mandato, nossa equipe econômica, liderada
pelo ministro Paulo Guedes, nos colocará no ranking dos 50 melhores países para
se fazer negócios.
Nossas
relações internacionais serão dinamizadas pelo ministro Ernesto Araújo,
implementando uma política na qual o viés ideológico deixará de existir.
Para
isso, buscaremos integrar o Brasil ao mundo, por meio da incorporação das
melhores práticas internacionais, como aquelas que são adotadas e promovidas
pela OCDE.
Buscaremos
integrar o Brasil ao mundo também por meio de uma defesa ativa da reforma da
OMC, com a finalidade de eliminar práticas desleais de comércio e garantir
segurança jurídica das trocas comerciais internacionais.
Vamos
resgatar nossos valores e abrir nossa economia.
Vamos
defender a família e os verdadeiros direitos humanos; proteger o direito à vida
e à propriedade privada e promover uma educação que prepare nossa juventude
para os desafios da quarta revolução industrial, buscando, pelo conhecimento,
reduzir a pobreza e a miséria.
Estamos
aqui porque queremos, além de aprofundar nossos laços de amizade, aprofundar
nossas relações comerciais.
Temos
a maior biodiversidade do mundo e nossas riquezas minerais são abundantes.
Queremos parceiros com tecnologia para que esse casamento se traduza em
progresso e desenvolvimento para todos.
Nossas
ações, tenham certeza, os atrairão para grandes negócios, não só para o bem do
Brasil, mas também para o de todo o mundo.
Estamos
de braços abertos. Quero mais que um Brasil grande, quero um mundo de paz,
liberdade e democracia.
Tendo
como lema “Deus acima de tudo”, acredito que nossas relações trarão infindáveis
progressos para todos.
Muito obrigado.
R7 e G1
Lindo maravilhoso o pronunciamento do nosso presidente parabéns que Deus te proteja
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