Um
mês depois de confirmar ter intermediado o contato do hacker Walter Delgatti
Neto com o jornalista Glenn Greenwald, do site The Intercept Brasil, a
ex-deputada Manuela d’Ávila (PC do B) disse que não foi sua a decisão
de fazer
parte dessa história.
Em
entrevista à Folha, nesta sexta-feira (29), ela disse que sua participação “não
faz uma grande diferença diante dos fatos”.
“A
decisão que tomei me honra porque, hoje, o Brasil sabe a partir do trabalho do
Glenn, do Intercept e de outros veículos de comunicação, o envolvimento dessas
autoridades em crimes horrendos”, afirmou.
Antes
de fazer a ponte, porém, a ex-parlamentar disse ter consultado seus advogados
—o ex-ministro José Eduardo Cardozo e o criminalista Alberto Toron— para ter
segurança jurídica.
Na
quarta (28), ela esteve na sede da Polícia Federal em Brasília para entregar
seu celular e, na condição de vítima e testemunha, prestar depoimento sobre seu
contato com Delgatti, preso sob suspeita de hackear autoridades, como
procuradores da Lava Jato.
Hoje
à frente do Instituto E Se Fosse Você, de combate à fake news, ela, que foi
candidata a vice-presidente na chapa de Fernando Haddad (PT) nas eleições 2018,
diz: “Fui a fonte de um jornalista. Foi só o que eu fiz.”
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