sábado, 31 de agosto de 2019

A decisão que tomei me honra’, diz Manuela sobre contato com hacker da Lava Jato

Um mês depois de confirmar ter intermediado o contato do hacker Walter Delgatti Neto com o jornalista Glenn Greenwald, do site The Intercept Brasil, a ex-deputada Manuela d’Ávila (PC do B) disse que não foi sua a decisão
de fazer parte dessa história.

Em entrevista à Folha, nesta sexta-feira (29), ela disse que sua participação “não faz uma grande diferença diante dos fatos”.

“A decisão que tomei me honra porque, hoje, o Brasil sabe a partir do trabalho do Glenn, do Intercept e de outros veículos de comunicação, o envolvimento dessas autoridades em crimes horrendos”, afirmou.

Antes de fazer a ponte, porém, a ex-parlamentar disse ter consultado seus advogados —o ex-ministro José Eduardo Cardozo e o criminalista Alberto Toron— para ter segurança jurídica.

Na quarta (28), ela esteve na sede da Polícia Federal em Brasília para entregar seu celular e, na condição de vítima e testemunha, prestar depoimento sobre seu contato com Delgatti, preso sob suspeita de hackear autoridades, como procuradores da Lava Jato.

Hoje à frente do Instituto E Se Fosse Você, de combate à fake news, ela, que foi candidata a vice-presidente na chapa de Fernando Haddad (PT) nas eleições 2018, diz: “Fui a fonte de um jornalista. Foi só o que eu fiz.”

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