terça-feira, 4 de outubro de 2022

Apoio no Congresso não se resolve mais com cargos e emendas, diz analista


O número de deputados reeleitos na votação de domingo (2) foi o maior desde 1998. O PL de Jair Bolsonaro levou vantagem com a maior bancada na Câmara e no Senado a partir de 2023 – efeitos de um combo que inclui mudança na legislação eleitoral, financiamento público bilionário de campanha e a imposição do orçamento secreto.


Para Thomas Traumann, a configuração do Congresso aponta para um projeto de divisão de poder, que Bolsonaro teria entendido "a duras penas".


"É um Congresso que aprovou o impeachment de uma presidente, depois decidiu por não afastar o outro presidente, o Temer, por duas vezes. Depois aprovou as mudanças nas regras de emendas parlamentares tornando elas impositivas. Depois criou o orçamento secreto, tornando as emendas relator praticamente impossíveis; [...] Não é um Congresso que você oferece cargos e emendas e resolve", avalia Traumann.


Em entrevista a Renata Lo Prete, Thomas Traumann avalia os cenários em caso de vitória de Lula ou Bolsonaro.


Se o petista vencer, afirma o jornalista, precisará entender rápido que o Congresso “mudou muito e tem outra capacidade de pressionar e ser protagonista”. No caso de reeleição, “a prioridade política de Bolsonaro será controlar o Supremo”, avalia. “As questões institucionais brasileiras estariam em risco muito maior do que nos últimos 4 anos”, conclui.

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