A produção industrial do Rio Grande do Norte foi a que mais cresceu no Brasil de janeiro e julho de 2023, de acordo com dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM - PF) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A alta acumulada é de 9,8%, na comparação com o mesmo período em 2022.
O segundo estado com maior crescimento de janeiro a julho foi o Amazonas (6,5%), seguido de Minas Gerais, com 5%; Rio de Janeiro, com 4,3%; e Espírito Santo, com 4,2%.
Somente em julho, a indústria potiguar cresceu 50,7% na comparação com o mesmo mês em 2022 e correu na contramão da maior parte dos estados. A indústria registrou uma queda média de -1,1% no país, ao longo do mês.
Segundo o IBGE, a alta potiguar foi impulsionada pela indústria de transformação, que teve aumento de 102,9% em relação a julho de 2022, alcançando um acumulado de 18,8% no ano. O setor específico responsável pela alta é o de coque - produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, como óleo diesel, óleos combustíveis e querosenes de aviação.
A produção de derivados do petróleo no estado cresceu 172,4% em julho e, no acumulado do ano, chegou a 20,8%.
De acordo com o IBGE, o resultado de julho foi o sexto positivo consecutivo para o estado, na comparação dos meses de 2023 com os meses do ano anterior.
Outros setores tiveram queda
Embora as atividades de fabricação de produtos alimentícios e de confecção de vestuários e acessórios tenham registrado alta de janeiro a julho, os setores tiveram quedas de 4% e 11,2%, respectivamente, em julho na comparação com o mesmo mês em 2022.
Já a indústria extrativa que teve quedas de 64,7% em julho, na comparação com o mesmo período do ano passado, e redução de 20,1% no acumulado do ano.
A pesquisa é realizada nas unidades locais das empresas inscritas no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) que tenham pelo menos um empregado e estejam envolvidas em atividades relacionadas às indústrias extrativas ou de transformação da Classificação Nacional de Atividades Econômicas, segundo o IBGE.
"Um conjunto de produtos é escolhido por critérios técnicos de relevância, formando o que se denomina Lista de Produtos Selecionados (LPS), base do levantamento das informações. Escolhem-se também pelo critério de importância as unidades locais que os produzem e que serão pesquisadas. O critério geral adotado foi o de incluir as unidades locais que, juntas, respondam por pelo menos 70% da produção naquele local", informou o IBGE.
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